Arcos de Valdevez e Melgaço na Rota Cisterciense

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Os municípios de Melgaço e Arcos de Valdevez organizam, no próximo dia 1 de julho, uma visita cultural para apresentarem a Rota Cisterciense do Alto Minho- Galiza. Os dois concelhos assumiram a realização do percurso com marcas culturais do Noroeste Peninsular contribuindo para a conservação, divulgação e promoção do Património que a Ordem de Cister legou à Europa, e que está bem evidenciado na zona transfronteiriça: «os caminhos monacais estão enriquecidos pela história, arquitetura, antropologia, música e mística, onde se respira o legado secular do ‘ora et labora’.», considera o antropólogo e promotor de educação para o património, José Rodrigues Lima.

 Os participantes ficarão fascinados pela diversidade cultural, verificando ‘lugares da memória’ e descobrindo ‘a alma dos lugares’ no território do infinito. Os trilhos serão apresentados em vários pontos-âncora do itinerário cultural e místico como o Mosteiro de Santa Maria do Ermelo (Arcos de Valdevez), o Mosteiro de Santa Maria de Fiães (Melgaço), rumando terras da Galiza pelo Mosteiro de Santa Maria de São Clódio (Leiro), atingindo a grande abadia de Santa Maria de Oseira, na província de Ourense. O caminho transfronteiriço, que poderá ser percorrido futuramente a pé, a cavalo ou em motociclo, terá início no mosteiro de Ermelo e terminará na abadia de Oseira, na Galiza.

 A Rota Cisterciense do Alto Minho-Galiza pretende dar visibilidade ao Património material e imaterial; concretizar leituras multidisciplinares na Rota Cisterciense; reconhecer o valor dos conjuntos monacais no desenvolvimento do turismo cultural e religioso; lançar um olhar humanista e místico sobre 900 anos de História; dar um contributo para o Itinerário Cultural Europeu dos Caminhos de Cister; valorizar o legado ‘Ora et Labora’; ligar o Vale do Lima ao Vale do Minho pela montanha, contribuindo para o seu desenvolvimento; fortalecer os laços transfronteiriços, tendo referências memoriais e registos raianos; e constatar a existência de laços antigos entre os cistercienses do Alto Minho e Galiza.

 Mosteiro Santa Maria de OseiraO projeto conta, entre outros, com a colaboração dos párocos Manuel Domingues, do Mosteiro de Fiães; Belmiro Amorim, do Mosteiro do Ermelo; Raúl Fernandes, de Parada do Monte; César Maciel, de Castro Laboreiro; Custódio Branco, do Soajo; e de João Paulo Torres, arcipreste de Melgaço.