Aficionados de running vão correr quilómetros em casa para ajudar hospitais
Um grupo de aficionados pelo ‘running’ resolveu criar uma prova solidária multidisciplinar de âmbito nacional, que vai decorrer no próximo dia 19 de abril, com a particularidade de cada atleta poder participar sem sair de casa. A promoção da prática desportiva neste período de confinamento pelas contingências provocadas pela COVID-19, aliado ao espírito de solidariedade para quem está na linha da frente no combate a este surto pandémico, materializou-se na promoção deste evento que terá a particularidade de doar todo o valor monetário com as inscrições para o Hospital de S. João, no Porto, e o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, em Penafiel.
A iniciativa foi batizada de ‘Kilómetros em Casa’ e o objetivo é que cada atleta consiga percorrer a maior distância possível nas quatro horas de prova, num espaço confinado na habitação. O percurso terá de ser feito na garagem, jardim, terraço, piscina, varanda ou num outro espaço que respeite as recomendações da Direção Geral de Saúde. “Tendo em conta a multidisciplinaridade do evento, o atleta ficará livre para escolher a modalidade que pretende exercitar, sendo permitido a utilização de passadeiras, bicicletas, elípticas, remos, ou seja, acessórios que primam pela criatividade e insiram o espírito da prova”, explicou a organização.
A inscrição e o respetivo donativo deverão ser efetuados até às 22 horas do dia 18 de abril, uma vez que a prova decorrerá no dia seguinte (19 de abril), entre as 8 e as 12 horas. Neste período serão efetuadas reportagens em streaming e da qual poderão ser visíveis os dorsais obrigatórios que cada atleta irá utilizar.
Como meio de prova, os atletas terão de enviar posteriormente para a organização uma fotografia com os quilómetros realizados, através dos relógios, aplicações dos telemóveis (goofit, apple, strava, runtastic, RunKeeper, entre outros), bem como a transmissão dos vídeos em streamming com alguns participantes.
O apelo é que haja o maior número de participantes possível, “pela relevância da prova no que diz respeito à promoção do exercício físico neste período de confinamento e, mais importante, pela carga solidária no apoio monetário às unidades hospitalares em causa”, concluiu a organização.