COVID-19: Caminha cria duas escolas de acolhimento para filhos dos trabalhadores da linha da frente
A Câmara Municipal de Caminha vai criar duas escolas de acolhimento nos edifícios da Escola Básica de Caminha e da Escola Básica e Secundária do Vale do Âncora para os filhos de profissionais que estão a trabalhar na linha da frente do combate à pandemia e prestam serviços essenciais, não podendo, por isso, cumprir o recolhimento obrigatório. Esta decisão surge na sequência do anúncio do Governo de encerramento das escolas e serviços públicos.
“A decisão de encerramento de escolas tem um impacto social enorme mas era inevitável face ao que está a acontecer no país e na região. A Câmara está a agir rápido para mitigar os danos desta medida, não deixando que ninguém sinta fome ou abandono. Talvez não consigamos soluções ideais, mas estamos a fazer tudo o que é possível para atenuar as dificuldades das nossas famílias”, frisou Miguel Alves, autarca de Caminha.
Para além destes espaços, que entram em funcionamento já na próxima segunda-feira, o Município reforçou a equipa de distribuição de refeições escolares que irá, a partir de amanhã, entregar almoços nas casas dos alunos de famílias carenciadas, bem como nos quartéis dos bombeiros de Caminha e Vila Praia de Âncora.
De acordo com a Câmara Municipal, os serviços identificarão necessidades mas estão disponíveis para receber os pedidos de apoio que forem dirigidos ao Município ou ao Agrupamento de Escolas, apelando ao contacto de pais e famílias.
Para além das medidas de retaguarda que visam corresponder ao encerramento das escolas, a Câmara Municipal decidiu interditar o passeio e permanência em vias pedonais junto ao mar. Assim, por despacho do Presidente da Câmara, está interdito o passeio nos diversos passadiços e ecovias do concelho de Caminha, bem como no Paredão de Moledo ou na zona pedonal da Avenida Ramos Pereira em Vila Praia de Âncora.
“Apesar do esforço de sensibilização e até do aparecimento da chuva, continuamos a ver muita gente a passear tranquilamente junto ao mar ou nas ecovias do concelho. Em permanente contacto com a Capitania e com a GNR, decidi interditar o passeio nesses espaços. Sei que há pessoas que precisam de fazer o seu passeio higiénico ou passear o animal de companhia mas isso deve ser feito de forma breve e junto a casa, não deve servir de desculpa para passar duas horas a passear à beira-mar. Sinto muito mas os profissionais de saúde que lutam todos os dias contra esta doença e estão no limite merecem este pequeno sacrifício de todos nós”, sustentou o autarca.
A Câmara Municipal de Caminha decidiu ainda encerrar portas no único edifício que mantinha aberto, estando disponíveis os contactos telefónicos e online para qualquer pedido de atendimento por marcação.