Deputados do PSD querem saber se Governo vai rever fecho de fronteiras no Alto Minho
Os deputados do PSD, eleitos pelo distrito de Viana do Castelo, querem saber se o Governo vai rever a decisão de manter encerradas as fronteiras de Melgaço, Vila Nova de Cerveira e da Madalena em Ponte da Barca, “por forma a evitar os graves prejuízos e transtornos aos trabalhadores transfronteiriços daquela região”.
No âmbito do Estado de Emergência em Vigo até 14 de fevereiro, só a fronteira entre Valença e Tui é que está aberta para todo o tipo de circulação e a fronteira de Monção/Salvaterra do Miño apenas para circulação de trabalhadores transfronteiriços.
Os deputados Emília Cerqueira, Jorge Mendes e Eduardo Teixeira frisam na questão enviada ao Ministro da Administração Interna que o encerramento destas fronteiras “conta com a frontal oposição de todos os autarcas da região e é altamente lesiva da economia e da vida da região transfronteiriça nacional com mais população”.
Os deputados questionaram se “vai o governo rever a decisão de manter encerradas as fronteiras de Melgaço, Vila Nova de Cerveira e da Madalena em Ponte da Barca, por forma a evitar os graves prejuízos e transtorno aos trabalhadores transfronteiriços daquela região e assim ir ao encontro da reivindicação dos autarcas e das populações locais”, bem como se vai “criar mecanismos de compensação aos trabalhadores transfronteiriços e às economias locais por forma a compensá-las dos prejuízos decorrentes deste encerramento e pelo tempo que este durar”.
Também a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) já exigiu a abertura parcial da ponte entre Vila Nova de Cerveira e Tomiño (Galiza), encerrada desde domingo, manifestando “estupefação” face ao “mau planeamento” dos pontos de atravessamento na eurorregião.
“Isto era previsível e voltou a cair-se no mesmo erro cometido durante o primeiro confinamento geral. As imagens das filas de trânsito na ponte nova entre Valença e Tui são chocantes. Não evoluímos nem nas burocracias de controlo, nem na afetação de mais recursos humanos para fazer face às horas de maior fluxo entre as duas regiões para que o atravessamento seja mais célere”, afirmou à agência Lusa, o presidente da CEVAL. Luís Ceia.
Para o responsável, houve “um mau planeamento” assente numa “distribuição geométrica dos pontos de atravessamento e não na realidade que os números demonstram”.
A Câmara de Ponte da Barca exigiu também ao Governo a abertura parcial da fronteira da Madalena, no Lindoso, encerrada desde domingo, por ser “única porta de entrada” do Alto Minho à província de Ourense, na Galiza.
“Não podemos aceitar esta situação por não ser justa. Não estamos a reivindicar a abertura da fronteira da Madalena por ser mais confortável, mas por ser uma necessidade importantíssima por falta de alternativa”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara Ponte da Barca, Augusto Marinho.