Centro Cultural de Coura reabre…mas o espetáculo agora é outro
O Centro Cultural de Paredes de Coura começou esta quinta-feira a receber utentes para a vacinação contra a covid-19. O espaço que tantas vezes acolheu espetáculos foi reconvertido pelo Município em centro de vacinação para a comunidade com capacidade para receber 400 pessoas por dia.
Nesta fase são convocadas as pessoas maiores de 80 anos após agendamento prévio pelo Centro de Saúde – Unidade de Cuidados à Comunidade — e as pessoas maiores de 50 anos com doenças associadas. Estima-se que estarão abrangidos neste grupo de risco cerca de 1300 courenses, cuja vacinação será levada a cabo em pouco mais de uma semana. O Município em articulação com as Juntas de Freguesia também se disponibilizou para fazer os contactos e agendamentos necessários da população, tal como já havia acontecido anteriormente com a vacina da gripe.
“Garantimos todas as condições para que as pessoas possam ser vacinadas em Paredes de Coura e com segurança. No entanto, devemos pensar que a vacinação não vai resolver de imediato os nossos problemas. Teremos de continuar a ser cuidadosos, responsáveis e vigilantes”, alertou o presidente da Câmara, Vitor Paulo Pereira, acreditando que com esta nova etapa um previsível regresso à normalidade estará mais próximo.
Para garantir as acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida – cadeiras de rodas, macas ou pessoas que usem bengala ou muletas -, a entrada no espaço será feita pela porta de cargas existente junto ao parque de estacionamento das traseiras do Centro Cultural, através da rampa de acesso existente. Toda a circulação interior no edifício, incluindo o acesso às casas de banho, será feita ao mesmo nível, sem qualquer degrau ou desnível. Dentro do Centro de Vacinação na Comunidade está disponível uma área de receção, registo e encaminhamento, bem como espaços individuais para administração da vacina e duas salas de vigilância onde, após a toma da vacina, as pessoas possam ficar sob acompanhamento médico caso façam alguma reação adversa à vacina.
“Quando iniciarmos a vacinação dos nossos velhinhos, dos nossos queridos pais e avós, abrimos uma porta ao otimismo e ganharemos esperança num mundo diferente que não nos obrigará a amar à distância. Todos temos saudade do mundo velho dos afetos. Todos temos saudade de um abraço apertado e sentido”, reconheceu Vitor Paulo Pereira, acreditando, gradualmente, em dias melhores. “Tenho a convicção de que, progressivamente, a vacinação reforçará as defesas dos nossos entes queridos de mais idade e trará uma maior segurança e paz a todas as famílias. Com calma e serenidade vamos esperar pela nossa vez. Até lá, proteja-se e tenha cuidado”, apelou.