“Garrano é o cavalo certo para consolidar Viana como líder nacional da promoção de turismo científico”
A Câmara Municipal de Viana do Castelo apresenta, no próximo dia 05 de junho, às 18 horas, no Paço de Lanheses, o I Congresso Internacional de Equinologia e Turismo Equestre e lança, em simultâneo, as Atas dos Seminários do Projeto Percursos do Homem e do Garrano. O evento contará com a presença de Carlos Pereira da Universidade Sobornne Nouvelle, dos autarcas de Viana do Castelo, Caminha e Ponte de Lima e integra um painel moderado pelo jornalista Abel Coentrão sob o tema “Garrano: apostar no cavalo certo”.
“O I Congresso Internacional de Equinologia e Turismo Equestre constitui um marco decisivo na consolidação da Equinologia enquanto verdadeira ciência dos equídeos, promovendo o fortalecimento das redes de investigação e dos espaços de comunicação transdisciplinar. De sublinhar que Viana do Castelo e o Alto Minho se posicionam, assim, como territórios de investigação e conhecimento sobre equinos, potenciando a preservação e valorização dos espaços de montanha onde habitam as manadas do último cavalo selvagem da Europa: o garrano”, sublinhou a autarquia.
O Congresso, a decorrer entre 01 e 03 de Julho, pretende acolher, agregar e incentivar uma rede de investigação científica internacional e, a partir desta, consolidar um destino equestre alicerçado na ciência, no conhecimento e no património é a fórmula inédita do Município de Viana do Castelo, líder nacional da promoção do turismo científico. Promovido pelo Município de Viana do Castelo, ao abrigo do projeto Vilas e Aldeias Equestres entre Arga e Lima, cofinanciado pelo Turismo de Portugal, conta com o apoio dos Municípios de Caminha e Ponte de Lima, parceiros deste projeto, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte. A sua Comissão Científica integra investigadores filiados em 9 universidades, de quatro países distintos, Portugal, Espanha, França e Japão, nomeadamente a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade de Santiago de Compostela, a Universidade A Coruña, a Universidade de Valencia, a Universidade de Sorbonne Nouvelle, a Universidade de Paris VIII e a Universidade de Quioto.
De acordo com a informação da autarquia, este evento científico de expressão internacional contará com a intervenção de mais de duas dezenas de investigadores que lideram trabalhos pioneiros no estudo, conservação e valorização de equinos e das suas relações ecossistémicas e culturais. O fortalecimento da dinâmica científica internacional de estudo dos equídeos é fundamental para promover a conservação de espécies equinas ameaçadas, assim como para inspirar e orientar políticas locais, regionais, nacionais e internacionais. O programa científico alicerça-se em cinco eixos principais: i. Ecologia e etologia de equídeos (cavalos, burros, zebras, híbridos, cavalo Przewalski); ii. Linguagem, inteligência e cognição de equídeos; iii. Interações humanas e equinas; iv. Património equestre material e imaterial; v. Equinos, turismo e desenvolvimento.
Também no dia 5 de junho, serão apresentadas as Atas que consubstanciam os resultados dos dois seminários organizados em 2017 e 2018, ao abrigo do projeto Percursos do Homem e do Garrano. “Atendendo ao inegável valor dos contributos apresentados nestes encontros, o Município de Viana do Castelo decidiu torná-los acessíveis a todos quantos se interessam pelo estudo do garrano do ponto de vista genético, ecossistémico e histórico-cultural”, justificou a autarquia, reiterando que esta obra constitui “uma referência para a compreensão da expressão ambiental e etnográfica da presença do garrano nos sistemas montanhosos do noroeste ibérico, integrando temáticas tão diversas como o comportamento e as relações ecológicas dos garranos semisselvagens, o que nos desvendam os equídeos inscritos em gravuras rupestres no território do Alto Minho, a importância cultural da equitação de tradição portuguesa e os desafios de conservação e valorização da raça garrana como património ambiental e cultural”.