Festival Internacional de Documentário regressa em agosto a Melgaço 

0
386

O MDoc: Festival Internacional de Documentário de Melgaço regressa entre 2 e 8 de agosto com as atividades habituais e, pela primeira vez, o realizador Pedro Costa será o formador de uma das oficinas. Em colaboração com La Plantación – Encuentros y Conocimiento, a oficina de Verão TRABALHO, orientada pelo realizador, pretende analisar, através dos seus filmes e daqueles que o formaram, as formas e as possibilidades de sobrevivência do cinema na nossa sociedade. Esta atividade decorre de 2 a 5 de agosto e as inscrições, de número limitado, já estão disponíveis on-line em https://laplantacion.info/.

As residências Cinematográfica e Fotográfica Plano Frontal, regressam nesta edição e encontram-se com inscrições abertas até 30 de junho. Mantendo o mesmo formato que nas edições anteriores, de 30 de julho a 8 de agosto, 12 jovens cineastas e três fotógrafos, vão ser orientados pelo realizador/tutor Pedro Sena Nunes, com o objetivo de realizarem quatro documentários e três projetos fotográficos sobre o concelho de Melgaço.  A inscrição é gratuita e inclui estadia e alimentação.

Também o curso de Verão Fora de Campo tem inscrições abertas até ao dia 15 de julho. Nesta edição, o curso tem como tema central as Narrativas na Primeira Pessoa, articulando o contacto com experiências e narrativas de proveniências diversas, sem esquecer as linhas temáticas gerais do festival MDoc – Identidade, Memória e Fronteira.

O festival continua a atribuir o Prémio Jean Loup Passek, a secção competitiva do festival. Como exceção à não realização do MDoc 2020, devido à Covid-19, os filmes inscritos no ano passado também vão ser considerados para a edição 2021. O prémio distingue os filmes candidatos em três categorias – melhor longa-metragem internacional (3.000€), melhor média ou curta-metragem internacional (1.500€) e melhor documentário português (1.000€). Além disso, à semelhança da última edição, o MDoc também atribuirá o Prémio D. Quixote da IFFS – Federação Internacional de Cineclubes.

Na edição do MDoc 2021, o júri do Prémio Jean Loup Passek é composto por Alessandro Negrini, realizador e argumentista italiano multipremiado que ficou conhecido pelo filme “Paradiso”, que ganhou 18 prémios internacionais e foi selecionado em mais de 60 festivais, e pelo seu último filme “Tides” que foi definido como doc-dream. Também compõe o júri Alfonso Palazón Meseguer, professor da Universidade Rey Juan Carlos em Madrid (URJC), a brasileira Jane Pinheiro, membro integrante da Comissão Organizadora do Festival Internacional do Filme Etnográfico do Recife e da Comissão da Seleção das Mostras, por Julia Kushnarenko, realizadora russa de documentários, diretora de fotografia e editora que em 2017, em conjunto com Veronika Sher, fundou o International Dance Short Film Festival BODYSCOPE (Rússia) e pela realizadora portuguesa Susana de Sousa Dias, autora reconhecida internacionalmente pelo seu trabalha artístico e que ganhou o Grand Prix Cinéma do Réel e o Prémio FIPRESCI com seu filme “48”.

O Júri FICC, que vai atribuir o Prémio D. Quixote, é formado por cinéfilos de qualquer país do mundo. O prémio consiste num diploma e na promoção do filme por todo o globo através da rede de cineclubes. O júri desta seleção é composto pelo cineasta português António Francisco Pita, por Dagmar Kamlha, cineasta e curadora alemã que realizou o documentário “VON DINGEN” (2019) e por Dragan Miolinkovic Fimon, professor universitário, produtor, dramaturgo e realizador.

Este ano, pela primeira vez, o festival irá também atribuir o Prémio Jean Loup Passek para o melhor cartaz de cinema, atribuído a um cartaz original criado para um filme documentário, de animação ou de ficção, de curta, média ou longa-metragem, com produção portuguesa ou galega.

Além destes eventos, o MDoc realizará outras atividades, tais como o projeto “Quem somos os que aqui estamos?”, as oficinas de Cinema de Animação “A maior lição do mundo” por Abi Feijó e “Aprender em Filmes” por Graça Gomes e ainda uma outra oficina de Verão “Viajar no tempo dos outros – Castro Laboreiro” orientada por Tânia Dinis.

O festival MDoc é uma iniciativa da Câmara Municipal de Melgaço em parceria com a AO NORTE – Associação de Produção e Animação Audiovisual, que pretende promover e divulgar o cinema etnográfico e social, refletir sobre identidade, memória e fronteira.