Autárquicas Viana: Chega – “Porque é que a Câmara não se vira mais para as pessoas do que para as obras megalómanas?”
A candidata do Chega à presidência da Câmara de Viana do Castelo quer criar “um gabinete de crise”, com fundos próprios, para acudir, “de imediato, às necessidades das pessoas” que sejam confrontadas com “crises pandémicas, catástrofes naturais”, entre outras.
Em declarações à agência Lusa, Cristina Miranda, disse que a pandemia de covid-19 “veio mostrar que as autarquias e o próprio Governo não têm provisões” para “salvaguardar” esse tipo de cenários.
A candidata do Chega explicou que esses “fundos, só destinados a acudir a crises, podia ser acionado, como por exemplo, quando uma família vai ser despejada por estar a passar por uma situação critica”.
“Esse gabinete de crise que eu quero criar teria um fundo próprio. Assim que se desse a catástrofe, logo a seguir, os técnicos estariam no terreno a fazer o levantamento das necessidades junto das pessoas, empresários, comerciantes e acudia imediatamente”, explicou.
“Porque é que a câmara não se vira mais para as pessoas do que para as obras megalómanas? É preciso começar a pensar nas pessoas, antecipando os cenários”, insistiu.
Para Cristina Miranda, a pandemia de covid-19 demonstra que “o poder local e central não antecipa cenários”, criticando que, passado “um ano e meio, e o dinheiro ainda não está nas contas bancárias de quem precisa”.
“Entretanto, muita gente suicidou-se, muita gente ficou doente, muita gente fechou portas e, outras, que não fecharam vão fechar porque não vai chegar a tempo. É vergonhoso. Estar à espera, como um pedinte, de mão estendida, à espera que caia do céu qualquer coisa dos nossos parceiros europeus”, lamentou.
A candidata do Chega manifestou “muitas dúvidas” sobre a disponibilização das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e da sua eficácia.
“Falam na bazuca, mas quem disse que vai chegar a todos (…)? Ela chegar chega, mas vai aterrar em Lisboa e depois virão uns fluxos de dinheiro (…). Esta autarquia vai receber o suficiente para acudir a todos quantos dela precisam. E se servir para tapar outros buracos, quem vai fiscalizar a bazuca”, questionou.
Cristina Miranda referiu que “a economia local está toda a definhar, toda a morrer”.
“Quando vier uma ajuda da tal bazuca, quem vai ajudar? O comércio depois de morto? Como se ressuscita um morto?”, perguntou.