Retomada tradição da Páscoa de visita a 16 igrejas e capelas de Viana do Castelo
Dezasseis igrejas e capelas de Viana do Castelo voltam a abrir este ano, na noite de Quinta-Feira Santa, à oração e à visita presencial dos fiéis, numa das principais tradições da Páscoa no concelho.
A diocese de Viana do Castelo adiantou que as 16 igrejas integram as celebrações da Semana Santa, sendo que o número de templos de portas abertas poderá ser superior se também participarem as igrejas e capelas privadas ou do domínio municipal.
É o caso das capelas do Museu de Artes Decorativas, das Malheiras (Séc. XVIII) e do Navio-Hospital Gil Eannes.
A fonte da diocese de Viana do Castelo explicou que as igrejas do Santuário de Santa Luzia, no monte com o mesmo nome, das Almas e São Bento, a igreja de São Francisco, da Ordem Terceira, e Igreja da Caridade não vão abrir portas.
Segundo aquela fonte, a igreja da Caridade invocou razões de segurança devido à pandemia de covid-19, por só circularem no interior do templo os utentes do lar de idosos da instituição.
Já as igrejas de São Francisco, junto ao cemitério de Santo António, e a de São Bento não abrem portas por necessitarem de obras de recuperação.
Após dois anos de interrupção devido à pandemia de covid-19, o roteiro integra um total de 16 templos, entre os quais a Sé Catedral e a Capela das Almas, que foi a primeira Matriz de Viana do Castelo.
Abrem ainda as igrejas do Santuário de Nossa Senhora d’Agonia, de Nossa Senhora de Monserrate, em São Domingos, da Misericórdia, do Carmo, de Nossa Senhora de Fátima e da Sagrada Família.
Os fiéis podem ainda visitar as capelas de Nossa Senhora do Resgate, na Rua da Bandeira, da Casa da Carreira, no edifício da Câmara Municipal, de Santa Rita, na Rua de Santiago, do Carmelo de Santa Teresinha, do seminário de Viana do Castelo, a de Nossa Senhora das Candeias, a de Santa Catarina, a de Nossa Senhora da Conceição, a do hospital de Santa Luzia e a capela de São Roque.
A fonte da diocese de Viana do Castelo alertou ser “obrigatório o uso de máscara em todas as celebrações pascais, e sublinhou que na Paixão de Cristo não vai ser permitido beijar a imagem, bem como nas visitas pascais às casas dos fiéis apenas entrará um grupo reduzido de representante da igreja, não sendo também permitido beijar a Cruz”.
As visitas começam a partir das 20:00, após a missa da Ceia do Senhor, e terminam às 24:00.
Manda a tradição que a visita, que antes da pandemia de covid-19 mobilizava milhares de pessoas, seja em número ímpar de templos, todos engalanados de flores, uma vez que os principais quadros religiosos alusivos à Páscoa também são compostos por números ímpares, como as três quedas de Cristo a caminho do Calvário e as cinco chagas.
Para Sexta-feira Santa, está marcada a celebração da Paixão do Senhor e a Via-Sacra na cidade, com início no santuário de Nossa Senhora d’Agonia, passando pela Praça General Barbosa, Largo de S. Domingos, Rua de Altamira, Largo Vasco da Gama, Rua Alves Cerqueira, Avenida dos Combatentes da Grande Guerra, Avenida Conde da Carreira, Passeio das Mordomas da Romaria, Praça da República e terminando na Sé Catedral.
No sábado decorre uma vigília pascal, estando marcada para domingo a tradicional visita pascal, cujo compasso irá ao Salão Nobre da Câmara Municipal.