Cortejo académico do Politécnico de Viana misturou cor, alegria e nostalgia

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Dois anos depois, os alunos do Instituto Politécnico de Viana do Castelo voltaram às ruas de Viana do Castelo para participarem no cortejo académico, organizado pela Federação Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Cor, animação, orgulho, saudade e muita emoção fizeram parte do momento que todos ansiavam há muito: participar no cortejo académico.
Christian Carvalho é finalista do curso de Engenharia Civil e do Ambiente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) e a felicidade estava-lhe estampada no rosto. Começou por tirar o Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) em Construção e Reabilitação e depois decidiu ingressar na licenciatura. Destes seis anos, Christian leva “tudo de positivo”. “Levo memórias, amigos, família, muito conhecimento e aprendizagem e até lágrimas”, confessou o jovem. Durante a pandemia “não foi fácil”, mas o aluno da ESTG-IPVC assegurou que foi “muito feliz”. Agora segue-se a inscrição no mestrado em Engenharia Civil e do Ambiente e o aluno da ESTG-IPVC deixa um conselho aos amigos de curso: “Aproveitem tudo que o IPVC tem para vos dar, estudem e divirtam-se”. Até porque “crescer é a melhor palavra que define estes seis anos”, assumiu.
Também no carro da Escola Superior de Educação (ESE-IPVC), Ana Guimarães da licenciatura em Educação Social e Gerontológica, Catarina Ferreira de Educação Básica e Joana Costa de Artes Plásticas e Tecnologias Artísticas destacavam-se pelo “orgulho e felicidade” que sentiam no percurso feito nos últimos três anos. “A praxe na ESE-IPVC é espetacular, trouxe-nos muitos ensinamentos”, recordaram as alunas, lamentando “as muitas incertezas” que a pandemia trouxe nestes últimos dois anos. As alunas levam “muitas memórias e aprendizagens” dos cursos.  Animadas e a cantar, as alunas não quiseram deixar passar a oportunidade para “gritar bem alto”: “Viva a ESE, onde tem artistas que nos inspiram e inovam o futuro, onde tem professores que ensinam os mais pequenos a ir mais longe e onde tem os gerontólogos que cuidam dos mais velhos. O que querem mais? Temos tudo”.
Seguiu-se no cortejo, o trator da Escola Superior Agrária (ESA-IPVC), onde as abelhas foram rainhas. Inês Queirós é caloira do curso de licenciatura em Enfermagem Veterinária e veio de Vila do Conde diretamente para Ponte de Lima. “Foi a minha primeira opção, era a escola e o curso que eu queria e recomendo totalmente”, começou por vincar. A aluna da ESA-IPVC garantiu estar a viver uma “experiência incrível”, sendo que o curso está “a corresponder e muito às expetativas”. A união e o respeito são “a imagem” da ESA-IPVC e Inês Queirós agradece “a família” que ganhou nesta que é agora a sua primeira casa.
A terminar a licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Saúde (ESS-IPVC), Verónica Matos, natural de Viana do Castelo, estava emocionada. Questionada sobre o que leva da ESS-IPVC, Verónica foi categórica: “Levo tudo, amigos para a vida, uma família que me acolheu desde o primeiro dia, muita aprendizagem e conhecimento.” A aluna confidenciou que foi na ESS-IPVC que cresceu enquanto pessoa e futura profissional de saúde.
Junto ao carro da Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE-IPVC), Alexandra Pereira olhava “orgulhosa” para a filha Sara Couto, que tirava fotografias com os amigos do curso de licenciatura em Contabilidade e Fiscalidade. “Fiz horas para conseguir estar aqui hoje, mas tinha que estar porque é um orgulho para mim ver a minha filha a terminar o curso que ela queria”, confessou Alexandra Pereira que veio de Vila Verde até Viana do Castelo para ver a filha a desfilar pelas ruas das cidades. “Valença e Viana do Castelo têm um ambiente muito bom e a minha filha, mesmo sendo mais introvertida, adaptou-se muito bem. Ver a milha filha feliz deixa-me feliz”, assumiu Alexandra Pereira, recomendando, “como mãe”, a ESCE para estudar. “A ESCE e o IPVC têm um ambiente muito familiar, onde todos se conhecem e são uma verdadeira família”, assegurou. A filha Sara Couto confirmou: “Os professores e os funcionários estão sempre preocupados connosco e os colegas são uma família para mim. Ainda não acabou e já estou com saudades”, referiu.
Já com a voz rouca de tanto gritar “ESDL e IPVC”, Pedro Antunes, aluno finalista do curso de licenciatura de Desporto e Lazer na Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL-IPVC), começou por afirmar que “há males que vêm para o bem”. De imediato explicou: “Inicialmente queria ir para a Academia Militar, mas acabei por ingressar na licenciatura na ESDL. No primeiro dia fui com muito receio, mas logo fui abraçado por todos os colegas de curso que me receberam como se fizesse já parte da família.” Pedro Antunes elogiou ainda o ambiente familiar que se vive na ESDL-IPVC. “Era muito tímido e reservado. Na ESDL-IPVC cresci muito enquanto pessoa. Somos muito unidos, todos se conhecem pelo nome e alunos, professores e funcionários dão um apoio que ninguém imagina. Lá somos felizes e somos uma verdadeira família”, garantiu o aluno, que vai agora ingressar no mestrado.
“Sejam felizes e lutem pelos vossos sonhos”
Pela tribuna onde estava o júri, os alunos de todas as escolas passaram e fizeram valer os respetivos cursos.  A vice-presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Ana Paula Vale, evidenciou o espírito de comunidade que já se nota nos caloiros, realçando os efeitos da pandemia sobretudo nos alunos finalistas, que estavam a viver o primeiro cortejo da sua vida académica. A vice-presidente do Politécnico de Viana do Castelo aproveitou ainda para deixar uma mensagem de esperança, de trabalho e de união aos alunos. “Acima de tudo sejam felizes e lutem pelos vossos sonhos”, apelou.
Também o presidente da Federação Académica do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, André Neves, destacou o facto deste cortejo ser o primeiro cortejo em que os finalistas participam. “Nota-se a alegria e a nostalgia ao mesmo tempo no rosto de todos eles”, atirou o presidente, admitindo que este cortejo teve “um sabor muito especial”. André Neves fez um  balanço positivo da Semana Académica, apesar dos “muitos contratempos e do tempo também não ter ajudado”. Mas valeu pela “grande adesão e envolvência de toda a comunidade”.