“Temos de desmantelar as casas em riscos e as ilegais”

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, vincou, em Matosinhos a importância do planeamento do financiamento face ao “tremendo desafio de adaptação” das cidades costeiras às alterações climáticas.

“A primeira coisa que deveríamos fazer é tentar limitar a quantidade de financiamento de que necessitamos. Esta é uma área onde a antecipação dos problemas e planeamento é realmente muito, muito importante, caso contrário os custos que enfrentaremos serão muito maiores”, disse António Cunha no terminal de cruzeiros do porto de Leixões, em Matosinhos (distrito do Porto).

O responsável falava sobre o “tremendo desafio de adaptação” das cidades costeiras às alterações climáticas no evento especial “Localizar a ação pelo Oceano: Governos locais e regionais”, preparatório da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorrerá em Lisboa entre segunda e sexta-feira.

O presidente da CCDR-N lembrou o Programa da Orla Costeira de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, que incluirá “diferentes tipos de intervenções” naquela faixa de territórios do Norte. “Nalguns locais teremos de colocar areia, fazer depósitos de areia, noutros precisamos de remover”, explicou, mencionando ainda que terão de ser construídos novos pontões e quebras-mar, bem como remodelados outros. Também haverá “zonas em que há casas em risco que terão de ser desmanteladas, algumas porque estão mesmo em risco, e outras porque, talvez, não foram construídas sob o enquadramento legal adequado”.

O plano “requer um nível de envolvimento muito forte por parte dos municípios”, já que são estes “que são os promotores destes investimentos”.