O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) garantiu a segurança estrutural da ponte nova de Viana do Castelo e adiantou que a concessionária da autoestrada A28 vai avaliar a “eventual” retirada de “blocos” detetados no rio Lima.
O IMT, representante do Estado na concessão da ponte nova à Autoestradas Norte Litoral – Sociedade Concessionária AENL, enjeitou “qualquer colapso da sapata do pilar da ponte, nem qualquer razão para preocupações quanto à segurança estrutural da ponte”, inaugurada em setembro de 1991.
“A ponte sobre o rio Lima integra a concessão do Norte Litoral, atribuída à concessionária Autoestradas Norte Litoral – Sociedade Concessionária – AENL, SA, entidade responsável pela sua construção, exploração e manutenção”, refere a nota.
A posição do IMT surge na sequência de um comunicado emitido pelo Darque Kayak Clube (DKC), com sede em Darque, na margem esquerda do rio Lima, a alertar para “o colapso da sapata de um pilar da ponte nova sobre o Rio Lima (A28)” e para “perigo” que “constitui para a navegação” e para o “risco para os desportos náuticos”.
“Em maio de 2019, a concessionária efetuou inspeções subaquáticas de rotina às sapatas da ponte, não tendo sido detetadas quaisquer anomalias”, sustenta o IMT.
O IMT refere que “os blocos em causa estão assentes no leito do rio junto ao pilar, mas não fazem parte da estrutura da ponte, e existem no local há mais de uma década, sendo que a concessionária afirma desconhecer a eventual interferência com a navegabilidade do rio”.
“Ainda assim, a concessionária irá avaliar, com as autoridades competentes em matéria de navegação fluvial, as questões relativas aos riscos para a navegação de recreio e a eventual necessidade de demarcação ou, inclusive, de retirada dos blocos”, conclui o IMT.
O capitão do porto de Viana do Castelo informou “não haver registo de ocorrências de sinistros marítimos”. “É uma área pouco utilizada pela navegação, mas de grande utilidade para a prática das atividades de canoagem”, referiu Rui da Silva Lampreia.
O capitão do porto e comandante da Polícia Marítima (PM) de Viana do Castelo adiantou que “as estruturas de betão presumem-se não serem dos pilares da ponte e estão lá desde a construção da mesma, e deixadas naquele local até então”.
“Naquele local não está definido canal de navegação, o movimento/dinâmica sedimentar é constante, sendo que na área ocupada pelas estruturas de betão a batimétrica nas marés vivas é praticamente nula”, acrescentou Rui da Silva Lampreia.
O responsável esclareceu que “a navegação para montante faz-se junto da margem norte, local onde existe maior profundidade”. “Todavia, numa baixa-mar, até mesmo por norte, não é possível a navegação para montante, atendendo ao calado das embarcações. A classe piscatória sabe da existência de tais estruturas e resguardam a sua atividade em conformidade, incluindo a náutica de recreio local”, sustentou.