“Público extraordinário” ajudou a fazer história

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O canoísta José Ramalho, depois conquista do ouro em equipa com Fernando Pimenta na prova de K2, que ambos participaram pela primeira vez em termos internacionais. considerou “indescritível” o sentimento de ser campeão do Mundo de maratonas em Portugal, assumindo que é o “cumprir de um sonho” de longa data. “É uma medalha conquistada em Portugal, com um público extraordinário. A portuguesa é sempre especial, toca-nos a todos e todos merecemos ouvi-la”, disse, emocionado, 

Os 29.800 metros no Rio Lima foram cumpridos por Ramalho e Pimenta em 1:58.04,39 horas, diante dos espanhóis Miguel Llorens e Alberto Plaza, segundos a 6,01 segundos, e dos irmãos noruegueses Eivid e Amund Vold, terceiros a 11,04.

“As mensagens das pessoas que nos têm apoiado têm sido incríveis. Fazem-nos pensar nos momentos em que estamos mais em baixo e que ninguém quer saber de nós, mas a verdade é que as pessoas estão sempre connosco. Ao demonstrar este carinho, este apoio, esta gritaria que foi em todas as portagens. assim vale a pena”, agradeceu.

O êxito de Ramalho, sete vezes campeão da Europa em K1 e três vezes ‘vice’ mundial nesta embarcação, a última das quais no sábado, ajudou aos sete pódios de Portugal que valeram o terceiro lugar no medalheiro, apenas atrás da Hungria e Espanha.

“Já no sábado, na última portagem deixei de ouvir até chegar à derradeira viragem. Por momentos, perdi a audição. Estas pessoas estavam ali por nós, e sofreram muito, mas desta vez demos-lhes esta medalha de ouro”, concluiu, antes de ser ‘forçado’ a novo mergulho no Rio Lima.

Fernando Pimenta conquistou o ouro em K2 com José Ramalho e também na short race, o mesmo metal conseguido pela júnior Beatriz Fernandes em C1 na distância longa, que também foi bronze na short race, aberta a todos os escalões etários.

José Ramalho, em K1, assegurou a única prata da seleção lusa, que celebrou ainda o bronze dos juniores Ana Pereira e Joel Miranda, ambos em C1. Os Mundiais de maratonas juntam em Ponte de Lima 890 canoístas, oriundos de 36 países.