Há cinco anos que não eram detidos tantos incendiários
A GNR deteve este ano 72 pessoas pelo crime de incêndio florestal, o maior número dos últimos cinco anos. Dados da Guarda Nacional Republicana indicam que este ano foram detidas mais 20 pessoas do que em 2021, quando foram feitas 52 detenções pelo crime de incêndio florestal.
Segundo a GNR, em 2017 foram detidas 65 pessoas, número que diminuiu para 63 no ano seguinte, voltando a baixar para 58 em 2019 e em 2020 e 2021 foram 51 em cada ano. Esta força de segurança identificou também este ano 1.076 pessoas pelo crime de incêndio florestal, mais 219 do que em 2021.
A GNR sublinha que as causas mais frequentes dos fogos registados este ano são o uso indevido do fogo (29%), a que estão associadas cerca de 2.659 ignições relativas a queimas e queimadas, seguido pelo incendiarismo (19%), que engloba a atuação dolosa e negligente em 1.740 ocorrências.
A GNR especifica também que registou, desde 01 de maio, mais de 2.629 autos de contraordenação por violação das normas vigentes, nomeadamente proteção do edificado, aglomerados populacionais e rede rodoferroviárias, queimas e queimadas e utilização de maquinaria.
Estas contraordenações foram levantadas depois da corporação ter realizado um plano de monitorização, sensibilização e fiscalização em que foram sinalizadas 10.946 situações em incumprimento nas mais de 1000 freguesias consideradas prioritárias em risco de incêndio.