Carlos Cunha: “É um orgulho servir o Gil Vicente”

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Ao apresentar-se como treinador principal do Gil Vicente, Carlos Cunha, adiantou que não irá proceder “a grandes mudanças” para o jogo com o Portimonense. 

“Vamos tentar surpreender o Portimonense. Há algumas características do meu modelo de jogo que já tentei impor, embora não possa dizer que tudo o que foi feito já é meu. Mas, neste jogo, independentemente do que acontecer, a responsabilidade é toda minha”, disse Carlos Cunha.

O treinador, de 51 anos, considerou que “pode ser uma vantagem para o Gil Vicente” a dúvida sobre o estilo de jogo que a equipa vai apresentar neste duelo com os algarvios, não querendo divulgar se vai fazer muitas alterações em relação ao seu antecessor.

“Vamos tentar ser uma equipa que vai ao encontro das nossas ambições. Temos de deixar a dúvida no ar, porque Paulo Sérgio [treinador do Portimonense] não me conhece e não sabe se vamos alterar ou não. Isso pode ser uma vantagem para nós”, partilhou.

Ainda assim, Carlos Cunha reconheceu que, para esta partida, a base do trabalho é de continuidade ao que vinha a ser feito, e com um foco especial na parte anímica.

“Em pouco tempo tivemos de acelerar processos, trabalhando a parte emocional, colocando os jogadores à vontade para uma nova ideia de jogo, mas sem cortar totalmente no que estava a ser feito. Tentámos cativar a equipa para dar uma boa resposta já nesta partida”, partilhou.

O treinador notou que os “jogadores não estão felizes pelo atual contexto da equipa”, mas que os sentiu “comprometidos” em inverter um ciclo de cinco jogos consecutivos sem vencer na I Liga, e com quatro derrotas nos últimos quatro jogos.

“Não me vou focar no que correu mal, porque tenho muito respeito pelo antecessor. Sei que tudo foi feito para que as coisas corressem melhor. Temos, agora, de reverter esta situação e concentrar-nos para que a equipa ganhe ânimo para estar a lutar pela vitória”, analisou Carlos Cunha.

Sobre o seu futuro no comando da equipa, o treinador não quis traçar horizontes a longo prazo, garantindo que o foco está na missão de recolocar a equipa a vencer já nesta partida.

“As coisas aconteceram muito rapidamente. Sou um funcionário do clube e o que me foi pedido foi liderar e orientar o jogo de amanhã (sexta-feira) e é nisso que estamos focados, seja qual for o meu futuro. É um orgulho e responsabilidade estar aqui, mas não estou deslumbrado”, assumiu Carlos Cunha.

O treinador será nesta fase acompanhado por todos os elementos que o acompanhavam na equipa de sub-23.