“Em Viana, há um ecossistema favorável à integração de imigrantes”

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A comunidade de imigrantes aumentou, nos últimos dois anos, mais de 25% em Viana do Castelo. Para o presidente da Câmara, essa percentagem, que é superior à média distrital, demonstra o trabalho que Viana do Castelo tem feito na integração de imigrantes. 

“Em Viana do Castelo, há um ecossistema favorável à integração de imigrantes”, afirmou Luís Nobre, na abertura da conferência “A imigração em Viana do Castelo” que decorreu no Museu de Artes Decorativas, no âmbito dos Encontros Interculturais. “Temos de ter mais do que nunca a capacidade de concretizar uma verdadeira integração e sermos verdadeiramente inclusivos das comunidades de imigrantes”, defendeu Luís Nobre, reconhecendo que os vianenses “têm essa capacidade de receber bem, de serem afáveis”. “Mas há algo muito mais amplo que temos de trabalhar para sermos verdadeiramente inclusivos”, alertou, dando como exemplos as áreas da cultura, educação e economia.  Luís Nobre agradeceu a todos os técnicos e equipas do Município que têm criado condições para a integração dos imigrantes que, em Viana do Castelo, já são provenientes de 80 nacionalidades. “O nosso plano municipal de integração já vai na terceira geração e tem conseguido grandes objectivos”, salientou. 

A alta-comissária para as migrações, Sónia Pereira, reconheceu o trabalho que Viana do Castelo tem feito no acolhimento de migrantes, envolvendo vários parceiros. “Viana do Castelo foi um dos municípios pioneiros na concretização dos planos municipais para a integração de migrantes, estando actualmente a concretizar o terceiro com financiamento”, reconheceu Sónia Pereira, indicando que Viana faz parte dos sete municípios do país que tem trabalho de forma “consistente e regular” nestes planos.  Do plano municipal de integração dos migrantes que Viana está a concretizar, a alta-comissária para as migrações destacou a realização das aulas de português para estrangeiros, os encontros interculturais, a oficina cozinhas do mundo e o chá intercultural. “Fazem parte de um conjunto de actividades diversas que geram encontro de culturas e de diálogo”, reconheceu Sónia Pereira, enaltecendo também a plano desenvolvido pelo Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes, da Cáritas Diocesana de Viana. “Este plano também é pioneiro porque foi dos primeiros a ser constituído em 2003, numa rede que já conta com 154 centros em todo o país. No próximo ano celebra 20 anos e desde o inicio da sua actividade realizou perto de 8000 atendimentos e as principais nacionalidades são do Brasil, S. Tomé e Principe, Ucrânia e Colômbia”, informou.  A alta-comissária para as migrações destacou ainda o projecto de mediadores interculturais municipais que Viana do Castelo criou para apoiar as comunidades migrantes e ainda de etnia cigana. Esta conferência ficou também marcada pela apresentação do estudo sobre migrantes, acolhimento e integração local em Viana do Castelo.