Feirantes não vão pagar taxas de três feiras de Cerveira afectadas pelo mau tempo
A Câmara de Vila Nova de Cerveira isentou os cerca de 250 feirantes que operam no concelho do pagamento de taxas de três feiras afetadas pelo mau tempo, medida que representa um custo de cerca de 35 mil euros.
A autarquia explicou que a medida “visa mitigar os efeitos provocados pelas condições meteorológicas adversas sentidas nesses fins de semana de enquadramento festivo e que prejudicaram os negócios em dias que se previam ser de grande afluência”. Em causa estão as feiras dos dias 24 e 31 de dezembro, bem como a do dia 07 de janeiro.
“Os dois últimos fins de semana de dezembro de 2022 e o primeiro de 2023 ficaram marcados pela ocorrência de chuvas e ventos fortes que dissuadiram visitantes e potenciais compradores, e derrubaram as expectativas dos feirantes nesta época especial do ano”, destaca a nota.
A isenção, aprovada na quinta-feira por unanimidade em reunião de câmara, segue para aprovação, pela Assembleia Municipal, que decorrerá durante o mês de fevereiro.
Segundo o município, “além de ser considerada um fator de grande atração turística, a feira semanal de Vila Nova de Cerveira, realizada todos os sábados” e visitada por muitos espanhóis, “representa um impulso ao desenvolvimento da economia local”.
“Apesar de ser um esforço para os cofres municipais [cerca de 35 mil euros], é um impulso positivo para os feirantes no início de um novo ano”, refere a nota.
Segundo o município, “apesar dos efeitos do aumento da inflação, a feira semanal de Vila Nova de Cerveira continua a ser umas das maiores e emblemáticas do Norte e atrai centenas de pessoas, sobretudo das grandes cidades do Norte de Portugal e da Galiza”.
No distrito de Viana do Castelo, o mau tempo do primeiro dia de 2023 causou prejuízos de quase 20 milhões de euros.
Segundo o levantamento feito pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, Caminha lidera a lista dos municípios com mais prejuízos, avaliados em 9,4 milhões de euros.
Segue-se Valença, com 3,8 milhões de euros, valor que não integra a recuperação de parte da muralha que desabou, Ponte da Barca, que somou danos no valor de 1,9 milhões de euros, Viana do Castelo, com 1,8 milhões de euros, e Vila Nova de Cerveira, com 1,5 milhões de euros. Melgaço estima em 108 mil euros os prejuízos.