Microflorestas urbanas estão a mudar o ar de Braga

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O Plano de Arborização da cidade de Braga já permitiu plantar 8.825 árvores, envolvendo mais de 19.000 voluntários. Foram ainda doadas 6.772 árvores a associações, instituições, Juntas de Freguesia e escolas, e ainda 26.900 árvores usadas na reabilitação e estabilização de emergência pós-incêndios, num total de 42.497 árvores. O objectivo da autarquia é criar “pulmões verdes” em vários locais, como por exemplo na Rua de S. Martinho, na UF de Maximinos, Sé e Cividade, Rua Vitor de Sá, na União das freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães, junto ao Parque da Rodovia, em São Victor e em Frossos, na margem do rio Torto.

Com o surgimento do método “Miyawaki” desenvolvido pelo botânico Akira Miyawaki, surgiram então as microflorestas urbanas, a que o Município aderiu e deu seguimento ao projecto inicial, referente aos “pulmões verdes”, através deste novo modelo, pelo que em Novembro do ano passado procedeu-se à plantação de microflorestas urbanas. Estas microflorestas, devido à sua elevada densidade (trinta vezes mais densas que a média das florestas convencionais), conseguem um crescimento dez vezes mais rápido e possuem uma capacidade de atracção da biodiversidade, 20 vezes maior. São auto-sustentáveis e autênticos micropulmões urbanos, contribuindo para a redução de ilhas de calor, melhoraram a qualidade do ar, reduzindo o nível de ruído e aumentando a biodiversidade local.

Nesse sentido, e envolvendo as escolas de proximidade, foi possível criar vínculos dos alunos com os espaços envolventes, bem como chamar a atenção para a questão da adaptação e mitigação das alterações climáticas e preservação da biodiversidade.

Desde Novembro passado, aquando da adesão ao projecto das microflorestas, até à presente data foram envolvidos 323 alunos das escolas EB2,3 de Real, Escola Profissional Profitecla, EB1 de Nogueira e EB2,3 de Nogueira que plantaram 600 árvores, das 1.100, cedidas pela ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, em parceria com a ONG internacional “Tree Nation”.

Estas árvores foram plantadas na Rua de S. Martinho, Av. António Macedo e Av. de S. Martinho (Picoto). As restantes 500 serão plantadas no alargamento da Mata do Bom Jesus, que é Património da Humanidade desde 2019.