Projecto do Parque Desportivo de Esposende vai ser “mais ambicioso e diferenciador”
O presidente da Câmara de Esposende apresentou o projeto do futuro Parque Desportivo Municipal do concelho ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, que aconselhou o autarca a tornar o projecto ainda “mais ambicioso”.
João Paulo Correia defendeu um projecto diferenciador, que possa posicionar Esposende nacional e internacionalmente, no plano do alto rendimento desportivo. Neste sentido, aconselhou o melhoramento do projeto de modo a possibilitar a prática de disciplinas mais técnicas. Para o governante Esposende só teria a ganhar com a criação de um Centro de Alto Rendimento Desportivo, “factor de distinção” que catapultaria o território em termos nacionais e internacionais. O presidente da Câmara, Benjamim Pereira, assumiu que o Município terá de repensar o projeto e conferi-lhe uma abrangência maior, dotando-o não só para a prática desportiva informal como para competições homologadas. O autarca reconhece que em causa está um ativo determinante para o território, pelo que reiterou a determinação do executivo em torná-lo realidade.
O parque irá nascer na zona norte da cidade, nos terrenos contíguos à Estrada Nacional 13, entre o lugar de Cepães – Marinhas e a Avenida dos Banhos, em Esposende, abrangendo uma área total de 26,66 hectares.
Benjamim Pereira sustentou o projeto com a necessidade de criar infraestruturas para dar assistência aos clubes do concelho, que se debatem sobretudo com a falta de equipamentos para treino dos escalões de formação, e adiantou que é também objetivo acolher a Associação Desportiva de Esposende, com a consequente desativação do atual estádio Padre Sá Pereira. Assim, e conforme foi explicado pela equipa projetista, está prevista a construção de quatro campos de futebol (um com piso em relva sintética e três em relva natural), sendo um destes com bancadas cobertas e controlo de acessos, devidamente apetrechado para acolher jogos oficiais. Numa primeira fase, serão criadas uma pista de atletismo (em volta de um dos campos de futebol de onze em relva natural), um polidesportivo (destinado a futsal, andebol), um campo de basquetebol (3×3), campos de ténis (no mínimo dois) e um campo de voleibol de praia integram a primeira fase de obras. Numa fase posterior, será construído o Centro de Corrida, orientação e de BTT, uma pista Pump Track (bicicleta, skate ou trotineta), um anfiteatro exterior, uma parede de escalada, o Skate Parque, e será, ainda, instalada uma área de ginástica ao ar livre. Para além destas infraestruturas, o projeto apresenta soluções de mobilidade suave, interligando o parque desportivo com a Ecovia do Litoral Norte, as vias paralelas ao canal intercetor e a ligação entre as zonas centrais de Esposende e Marinhas, servindo tanto os residentes como os Peregrinos do Caminho de Santiago. Estão, assim, previstos espaços aprazíveis, em virtude da requalificação das linhas de água e das lagoas naturais, oferecendo pequenas praças e jardins para usufruto dos visitantes.
O presidente da Câmara frisou que o projeto assenta em soluções que visem o cumprimento de objetivos de durabilidade, modernidade e de sustentabilidade ambiental. Realçou, por outro lado, a componente natural associada ao projeto, notando que, “no conjunto do Parque Desportivo e do Parque da Cidade, que nascerá na margem ribeirinha a sul da cidade, Esposende será a cidade do país com a maior área verde”.
Benjamim Pereira referiu o elevado investimento do projeto, estimado em cerca de 11 milhões de euros, notando que, tal como sucede com o Parque da Cidade, o Município não conta com quaisquer apoios para a sua execução, executando o valor que advirá da venda do Estádio Padre Sá Pereira. Afirmou, contudo, o empenho do Município em dotar o concelho de equipamentos que constituirão ativos preponderantes para o território concelhio.