Comunidade energética em Trute vai apoiar seis famílias 

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20Na freguesia de Trute, em Monção, os terrenos e edifícios da Junta de Freguesia vão ficar repletos de centrais fotovoltaicas para a produção de energia numa comunidade de energia renovável (CER). A empresa Cleanwatts ganhou o projecto que tem como objectivo “a sustentabilidade, a redução de custos relacionados com a energia desta instituição e, também, o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região”. “Esta CER, de 33kW, tem as suas centrais fotovoltaicas distribuídas por vários edifícios e terreno da Junta de Freguesia, incluindo a Escola Primária de Trute, e vai representar um desconto médio de 39% de desconto médio face à tarifa da rede”, explicou a empresa, realçando que “para além da poupança, a Junta de Freguesia torna-se carbon-positive, gerando mais 225% de energia do que consome, e independente energeticamente, pois 58% da energia consumida passa a ser proveniente da Central Solar (autoconsumo)”. “Através deste projeto, vai ainda apoiar seis famílias, que beneficiarão de uma tarifa social comunitária cerca de 30% inferior às atuais tarifas de mercado”, acrescentou. “A vertente social e de combate à pobreza energética é uma das principais facetas das Comunidades de Energia e quando o cliente é uma Junta de Freguesia, que tem um perfil de grande enraizamento local e de grande ligação à comunidade, esta vertente torna-se ainda mais relevante”, frisa Maria João Benquerença, diretora de Comunidades de Energia da Cleanwatts.
Apesar de o projeto estar ainda a nascer, já há planos para o futuro próximo. “A comunidade Energética da Junta de Freguesia de Trute irá arrancar com a instalação dos painéis nos telhados da sede da Junta de Freguesia (produtor-âncora), após o que a Cleanwatts angariará consumidores nesta região, de preferência com afinidades sociais e perfis de consumo complementares ao do produtor-âncora”, explica Maria João Benquerença.
“A comunidade poderá, posteriormente, crescer com a adesão de novos membros produtores, que tenham telhados ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica instalada. O impacto da Comunidade poderá ainda crescer com a introdução de outras fontes de geração renovável, como eólica, biomassa ou hidroelétrica, por exemplo”, frisa a responsável.