“Há muitas associações empresariais só de nome criadas há 15 dias”

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A inflação, a falta de mão-de-obra disponível para trabalhar em vários ramos e o “atrofiamento” proveniente da legislação laboral são as principais queixas dos associados da Associação Comercial e Industrial de Barcelos. Em entrevista ao Semanário Alto Minho, João Albuquerque, presidente da Direcção, fala da “necessidade e importância” do trabalho em rede, notando que a pandemia ajudou a “mudar mentalidades” nesse sentido. Fala da dificuldade do trabalho da instituição que lidera devido à dimensão geográfica do concelho, uma vez que todas as freguesias têm actividade comercial, e vinca a importância de fortalecer o movimento associativo das instituições que estão “enraizadas e estruturadas”, algumas delas já centenárias, como no caso da ACIB, em detrimento  das que “foram feias há quinze dias e nascem a torto e a direito pelo país”. 

As questões relacionadas com a inflação e taxas de juro são, actualmente, as maiores preocupações dos associados da ACIB, por “condicionar tudo o resto”. “Não podemos só olhar para o volume de negócio quando temos uma inflação como tivemos há pouco tempo de dez por cento. O que está a acontecer é que estamos a comprar menos e a comprar diferente, com tendência nítida de retração que irá agravar-se a manterem-se estes valores”, salientou, afirmando, peremptoriamente, que os apoios do Governo ou até de algumas autarquias não são suficientes para fazer frente a este contexto. “O Estado português e o restantes Estados europeus têm de ter a coragem de, uma vez por todas, actuar com firmeza e não é apenas nas taxas de juro através do BCE. Isso é arrasar o orçamento das famílias e o poder de compra. Têm de actuar nas grandes multinacionais que são os que estão a agravar claramente a inflação”, sustentou, alegando que  “os grandes aglomerados industriais aproveitaram esta onda para subirem de forma descarada os preços dos produtos”. 

Leia a entrevista na íntegra na edição desta semana do Semanário Alto Minho.