“Rusga Típica da Correlhã mantém viva a herança popular”
“Queremos mostrar que é apostando nas famílias, sobretudo nos jovens, que é possível evitar o esquecimento e o apagar desta herança popular neste mundo já tão globalizado”, salientou, notando que nos vinte anos de percurso, a Rusga Típica da Correlhã já protagonizou “grandes momentos”. Nas boas vindas na abertura do festival de folclore, Darlindo Oliveira fez questão de recordar António Pereira Lima, que já faleceu, e revelou que a Rusga Típica da Correlhã irá homenageá-lo no próximo dia 17 de junho. “Para além de ter sido um grande músico, foi um grande amigo da nossa rusga”, sustentou.
Fátima Oliveira, presidente da Junta de Freguesia da Correlhã, felicitou a Rusga Típica, não só pela comemoração dos 20 anos do grupo, mas também pela “excelente organização” do 18º festival de folclore. “Não percam a motivação para proporcionarem a todos momentos como este”, apelou, enaltecendo a “capacidade do grupo em agregar tanta juventude”. “Os jovens fazem muita falta nestes grupos porque o folclore é a representação das nossas tradições e da nossa cultura e nós somos realmente uma freguesia de tradições e cultura”, vincou, mostrando-se orgulhosa com o “bairrismo” que se vive na freguesia. “Não é fácil manterem esta dinâmica, mas é o bairrismo do nosso povo e a força de vontade desta direcção e destas mulheres e homens que dão a cara por este projecto”, notou a autarca, afirmando sentir-se “cada vez mais orgulhosa” pela forma como a freguesia tem sabido preservar a sua identidade e tradições. “Estou na recta final como presidente da Junta, mas só quero que toda a gente continue a lutar pela preservação das nossas tradições, que o que a freguesia tem de mais importante”, sustentou.
Paulo Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, felicitou a Rusga Típica da Correlhã pelos 20 anos de trabalho e destacou a “força” da cultura no concelho, destacando a importância da actividade dos grupos de folclore nesta dinâmica”. “Cada vez mais, o concelho de Ponte de Lima tem turistas de todo o mundo e o que pretendemos é que este produto, enquanto cultura, seja também um produto turístico e é importante que os grupos de folclore se mantenham activos para que possam, lentamente, proporcionar serviços ligados ao turismo cultural”, declarou, afirmando que estes grupos também contribuem para a coesão social. “As pessoas que vivem o folclore são, certamente, mais felizes, mais resilientes e pensam mais na comunidade porque estão a representar as tradições, a nossa etnografia e cultura e isso é também uma forma de levar o nosso território mais longe”, vincou, notando que o concelho limiano “é uma grande referência no folclore a nível nacional”.