Concurso internacional para transporte público no Alto Minho teve uma proposta e uma reclamação
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho apontou o início do último trimestre do ano para a entrada em funcionamento da nova concessão de transporte público de passageiros nos 10 concelhos da região.
Em declarações à agência Lusa, Manoel Batista disse que o objetivo da CIM do Alto Minho “é colocar a rede de transportes a funcionar coincidindo, praticamente, com o início do novo ano escolar”.
“Estamos, neste momento, a analisar uma proposta e uma reclamação ao concurso público internacional lançado em março. Se tudo decorrer dentro do previsto, no início do último trimestre deste ano haverá condições para a rede de transportes que vai servir toda a região do Alto Minho para os próximos três anos estar a ser implementada”, especificou.
Em causa está uma prestação de serviços que prevê “uma oferta ao nível da rede com uma produção de 2.641.613 quilómetros anuais, para um contrato de três anos, com opção de extensão por mais um, com um preço base de 21.661.226,60 euros”.
O concurso público foi lançado por um agrupamento de entidades, constituído pelos municípios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, “que permitirá obter o desejado efeito de escala através de uma rede, num único lote”.
Anteriormente, a CIM do Alto Minho referiu que este contrato, “de primeira geração, para além do objetivo principal de promover um serviço público de transporte de passageiros de qualidade e integrado à escala do Alto Minho, foi preparado também para a obtenção de informação de base da procura, habilitando as autoridades de transportes do Alto Minho de um conhecimento mais profundo das dinâmicas ao nível do transporte público rodoviário de passageiros, estabelecendo bases mais sólidas para que um futuro contrato venha a ser moldado à realidade a partir dos dados obtidos”.
Aqueles dados, adianta a CIM, darão “a confiança necessária para o lançamento, nessa fase, de uma contratualização por um período mais longo que permita apostar, fortemente, na melhoria da qualidade da frota e consequentes benefícios ao nível do conforto dos passageiros, com um melhor desempenho ambiental”.
A CIM do Alto Minho destaca a acessibilidade às áreas de acolhimento empresarial, ao porto de mar de Viana do Castelo e a outros polos geradores de procura, através da adaptação/criação de circuitos e frequências.
O novo serviço tem “ainda uma preocupação geral na integração dos horários entre carreiras de diferentes níveis de serviço (municipal, intermunicipal e inter-regional), assim como com os horários da ferrovia”.
Para a CIM, uma das principais vantagens desta prestação de serviços é a flexibilidade, uma vez que prevê que “no decurso da operação sejam efetuados reajustamentos à rede ao nível da extensão e frequências dos circuitos (carreiras), procurando promover a atratividade do transporte público, bem como ajustar as necessidades de procura à oferta de serviço”.