A partir de Lanheses, a Borgwarner está a produzir o futuro da mobilidade eficiente

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Menos de 10 anos depois de ter-se instalado em Viana do Castelo, a Borgwarner abriu uma nova fábrica na zona industrial de Lanheses, que vai dar trabalho a mais de 300 pessoas. A nova fábrica, que corresponde a um investimento de 90 milhões de euros, destina-se à produção de motores eléctricos e componentes para veículos automóveis, ligeiros e pesados, híbridos e 100% eléctricos.
As instalações da fábrica correspondem a 28.500 metros quadrados, onde são fabricados produtos de eletrificação de veículos, como motores elétricos e módulos de acionamento integrados. As novas instalações expandem a unidade de 62,000 metros quadrados pré-existente em Viana, transformando a localização num campus amplo que apoia os clientes europeus da BorgWarner. A juntar à atividade fabril, as novas instalações em Lanheses irão empregar profissionais nos departamentos de engenharia, finanças, gestão da cadeia de abastecimento, RH, IT e qualidade. Prevê-se que o número atual de aproximadamente 230 colaboradores passe para mais de 300 até ao final do ano. Este foi o terceiro investimento da multinacional americana em Viana do Castelo, depois de o grupo ter selecionado Portugal como futuro centro europeu para a expansão da eletrificação.
O investimento da multinacional americana, que emprega mais de 52 000 pessoas em todo o mundo, foi apoiado por fundos europeus e pelo Governo português e Câmara de Viana do Castelo, em benefícios fiscais. O director da fábrica, Hugues Simion, foi o primeiro a reconhecer o apoio dado pela autarquia, na agilização dos processos “em tempo recorde”. Frederic Lissalde, CEO da Borgwarner, ficou “impressionado” com o crescimento da fábrica em Viana do Castelo. “É espantoso o que vocês fizeram aqui, por isso, devemos aplaudir-vos por contribuirem para a mobilidade eficiente”, enalteceu Frederic Lissalde, perante uma plateia com dezenas de trabalhadores da nova unidade, durante a cerimónia oficial de inauguração, que começou ao som de Verdes Anos, de Carlos Paredes, e terminou com o “Havemos de ir a Viana”. “A eficiência energética é o que nos move e o que fazemos em Viana é focado na eficiência, a vários níveis. Por isso, Viana é muito importante para a Borgwarner”, assegurou o CEO da gigante americana do Michigan, “orgulhoso” por ver que a empresa está a ter sucesso na capital do distrito.
“Dentro da unidade de negócio, em Viana é onde a Borgwarner tem mais diversidade de produtos e é muito importante para o grupo dentro da Europa”, acrescentou Stefan Demmerle, presidente da Unidade de Negócio, que também ficou “muito impressionado” com o trabalho que tem sido feito em Lanheses. Stefan Demmerle e Frederic Lissalde concordaram que “Viana ajuda a Borgwarner a crescer em direção ao futuro” da mobilidade eficiente. 
O presidente da Câmara de Viana do Castelo destacou a importância da empresa para o concelho. “Hoje é um dia feliz para o universo BorgWarner, mas também para mim e para o Município porque a BorgWarner representa o maior investimento no concelho nos últimos oito anos. É um dos cinco maiores empregadores do concelho, um dos principais contribuintes líquidos das exportações do concelho e do distrito”, sublinhou Luís Nobre, acrescentando que, com a abertura de mais esta fábrica, “Viana do Castelo celebrou mais um dia no caminho do crescimento e da sustentabilidade”. O autarca realçou ainda que Lanheses dispõe de “um parque empresarial qualificado e de excelência, com um investimento exclusivamente municipal superior a cinco milhões de euros nos últimos seis anos”.
Filipe Santos Costa, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), destacou o reinvestimento consecutivo que a empresa está a fazer em Lanheses. “Ninguém reinveste depois de uma má experiência, por isso, o mérito é da Câmara Municipal que atraiu o investimento”, apontou. Satisfeito com a aposta da multinacional em Portugal, Filipe Santos Costa enfatizou a importância que o Governo dá à transição energética.