S. Bartolomeu dos Mártires inspirou e abençoou novo Conselho Episcopal
O novo Conselho Episcopal da Diocese de Viana do Castelo tomou posse durante a celebração da festa em honra a S. Bartolomeu dos Mártires. As dezenas de fiéis, que encheram a Igreja de S. Domingos, em Viana do Castelo, aplaudiram o monsenhor José Caldas, como novo vigário-geral, e os novos vigários episcopais. O bispo João Lavrador anunciou que será feita uma homenagem diocesana ao vigário-geral cessante, monsenhor Sebastião Ferreira, e apontou a renovação da Igreja e a celebração dos 50 anos da Diocese como as “coordenadas” para o futuro.
“Inspirado” pela figura evangelizadora de S. Bartolomeu dos Mártires, o bispo D. João Lavrador agradeceu o trabalho dos anteriores vigários e apontou duas coordenadas para o futuro da Diocese: a renovação da Igreja diocesana, “assente na participação activa de todos os baptizados na missão evangelizadora da Igreja” e a preparação para a celebração do jubileu diocesano. “Quando chegarmos ao ano de 2027, com alegria e acção de graças, recordarmos os 50 anos de vida da nossa Diocese, então, deveremos estar bem conscientes e empenhados nas linhas de orientação pastoral que encaminharão a nossa comunidade diocesana em todos os seus sectores de acção evangelizadora para o que se exige à Igreja”, afirmou o bispo, na homilia. Nessa medida, D. João Lavrador apelou aos novos membros do Conselho Episcopal para trabalharem nesse sentido e considerou que o presente “é muito parecido ao tempo em que viveu e actuou pastoralmente S. Bartolomeu dos Mártires”. “É urgente implantar um modelo novo de vida comunitária e de acção pastoral nas nossas comunidades cristãs. Entre muitas incertezas, há uma certeza que devermos prestar atenção e diz respeito à edificação de equipas pastorais, integrando os diversos ministérios ordenados e laicais, que sejam dinamizadoras de uma unidade pastoral. Neste sentido, é necessário e urgente formar os cristãos para os ministérios eclesiais e dotá-los de autoridade de acção”, defendeu o bispo, que tem agora novos conselheiros num renovado “círculo de comunhão e responsabilidade” para orientar a vida diocesana.
No final da missa, dezenas de fiéis e amigos fizeram questão de felicitar os recém-empossados vigários. O monsenhor José Caldas garantiu que, como vigário-geral, criará um “vínculo de unidade e comunhão com o bispo, no sentido de lealdade, partilhando o peso da evangelização e da renovação sinodal que ele pretende para a Diocese”. Pároco de Ponte de Lima, José Caldas admitiu que ficou surpreendido com a nomeação para vigário-geral. “Achei que já tinha dado muito noutros serviços à Igreja, mas o bispo insistiu e creio que também foi o parecer de um número significativo do clero da nossa Diocese. Agradeço a quem pensou que eu poderia ser a pessoa certa para o cargo”, afirmou o vigário-geral, admitindo que se sente um “teenager” na sua nova missão. Apesar disso, já demonstrou vontade de dar resposta aos desafios lançados pelo bispo, na preparação dos 50 anos da Diocese.