Ponte d’Lima já dá Festival

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O Festival Ponte d’Lima já mexe com a “vila mais antiga” de Portugal. Rodrigo Brito, da empresa limiana Sons Observados, uma das organizadoras do certame, confessa  que “a venda dos bilhetes superou, de certa forma, as expectativas”. “Temos um cartaz incrível. É mesmo de elite, muito apelativo e, apesar de ser um pouco focado no rock, é variado, dá para toda as idades e todos os gostos”, sustentou, destacando a presença de festivaleiros dos quatro cantos do país, mas também de vários países da Europa. “Isso nota-se no campismo, até porque os participantes do concelho não têm tanta necessidade de usar esse serviço, mas, mesmo assim, há alguns jovens que vão acampar também pela experiência. O festival não é só música: é o ambiente, é criar memórias com os amigos… são todos os momentos”, salientou, reforçando a ideia de que a organização pretende que esta primeira edição seja “lendária”. “Queremos fazer a nossa própria história em Ponte de Lima e daí desafiarmos todo o nosso público a criar a sua lenda e uma nova página cultural na vila”, vincou.
A primeira noite será, exactamente, de boas-vindas ao campista, e a entrada é gratuita para todos. “O facto der gratuito já é apelativo, mas temos nomes emergentes. Temos Quadra, que lançaram um álbum há pouco tempo e têm feito bastante sucesso, também Zera Libra é uma banda que está a crescer e tem muito potencial e também Máquina está a ter uma boa dimensão”, vincou, destacando os artistas limianos New Error e Big Dipper Downer. “Também temos talento em casa e temos que o apoiar”, salientou.
Com o festival mesmo á porta, Rodrigo Brito vinca que já é possível sentir na vila o entusiasmo com vários estabelecimentos locais a passarem musicas das bandas. “Nem eu estava preparado para isto, no bom sentido. Os limianos estão a reagir muito bem. Já me têm dito que nos ginásios já vão passando músicas de grupos que vêm cá, nomeadamente Wolfmother, ou seja, já mexe com toda a gente e faz falta ter essa vontade. O apelo que fazemos aos limianos é que apareçam em força para pôr este festival no circuito nacional porque tem potencial”, garantiu, mostrando-se muito agradado com o cartaz que a organização conseguiu conjugar. “Wolfmother é uma banda australiana com história, tem um grammy e estão a fazer amaior tour da carreira. Vamos ter os 20 anos de Linda Martini, uma banda enorme em Portugal, Aron tem agora campanha com a Louis Vitton, e que é gerida pelo Pharrell Williams, uma estrela da Música. David Bruno vai dar o seu penúltimo concerto porque vai fazer uma pausa na carreira, The Legendary Tigerman é muito conhecido pelos seus espectáculos estrondosos, temos Capitão Fausto… é um cartaz incrível”, frisou, esperando que o festival cumpra o objectivo de também ajudar a dinamizar a vila limiano.
“Há casas de turismo alugadas especificamente por causa do festival, desde que alguns nomes foram confirmados. Começou desde cedo a mexer e isso já diz muito. cerca de 57% das vendas de bilhetes são de fora do Alto Minho, ou seja, o facto de ser um festival que já a está a ter uma repercussão nacional e internacional automaticamente vai mexer com a vila em todos os sentidos. As pessoas procuram onde ficar, têm que se alimentar, querem conhecer a região”, vincou, realçando que a escolha do nome do festival não foi por acaso. “Para elevar ainda mais o nome de Ponte de Lima. Queremos mostrar ao mundo que em Ponte de Lima não há só folclore e também existe muito rocklore”, gracejou, notando que no concelho “sentia-se essa lacuna”. “Como jovem sentia essa falta de eventos mais direccionados para essa faixa etária e via que muitos outros sentiam o mesmo. Tínhamos que ir para fora para ter este tipo de oferta e estamos aqui para mudar isso”, vincou, esperando que todos os caminhos venham dar a Ponte de Lima de 3 a 5 de agosto. “Há sempre uma ligação com Ponte de Lima, por mais longe que as pessoas estejam, e toda a gente tem boas memórias”, realçou.
Na organização do Festival Ponte d’Lima, Rodrigo Brito destaca a cooperação com as empresas locais e, ainda, o apoio do Município de Ponte de Lima. “Vamos ter a promoção de produtos locais e temos parcerias com algumas instituições, como é o caso do Clube Náutico de Ponte de Lima”, salientou. As ambições para o futuro deste festival já estão traçadas, “O apelo que fazemos aos Limianos é que apareçam em peso para colocar este festival no circuito de festivais nacionais. Vamos mostrar que a vila mais antiga de Portugal também é bastante moderna”, apelou.