Governo não “despacha” o despacho para pagar os prejuizos

0
840

O presidente da Câmara de Valença manifestou-se “preocupado” com a demora no financiamento que o Governo prometeu para a recuperação dos estragos causados pelo mau tempo de 01 de janeiro no distrito de Viana do Castelo.

“Sei que são trabalhos morosos porque o temporal não atingiu apenas o concelho de Valença (…), mas é um pouco preocupante termos infraestruturas, umas que já foram reparadas e não recebemos o dinheiro e, outras que ainda estão por executar e não sabemos se vão ser aprovadas ou não”, afirmou o socialista José Manuel Carpinteira.

O autarca adiantou que o arranque da empreitada de reconstrução da muralha da fortaleza, que ruiu parcialmente na sequência do temporal de 1 de janeiro, e que estava inicialmente prevista para começar em setembro, orçada em cerca de dois milhões de euros, só deverá avançar antes do final do ano.

“Atrasou um pouco a aprovação do projeto. Temos ainda de lançar o concurso público. Até final do ano [começará a obra], garantidamente. (…) São precisos cerca de dois milhões de euros que o Governo disse que ia pagar a 100%”, referiu.

Além da reconstrução da fortaleza, José Manuel Carpinteira destacou a recuperação da ecopista do rio Minho, ainda por executar e que implica um investimento de mais de 400 mil euros, bem como a reabilitação do edifício da Escola Superior de Ciências Empresariais, estimada em mais de 100 mil euros”.

“São as obras que mais me preocupam. Não vamos iniciar a sua recuperação se não tivermos a certeza do financiamento”, assegurou.

O autarca socialista referiu que “a listagem dos prejuízos” elaborada pela autarquia foi confirmada “no terreno” pelos técnicos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), mas até agora não há informação sobre o financiamento.

“Vão adiando. Era para ser em junho, depois julho. Estamos em agosto e não sabemos nada (…). O que nos dizem é que estão à espera do despacho do Governo para assumirem esses prejuízos. Já fizemos a recuperação de alguns estragos, sobretudo de vias municipais que estavam interrompidas, embora saibamos que só vão pagar 60% do que foi executado. Até agora não recebemos nada.