Metaloviana ajuda a construir as pontes da alta velocidade do futuro
“Este equipamento vai fazer o tabuleiro do viaduto a partir de secções pré-fabricadas, que estão no chão e são içadas. Esta máquina anda em cima do tabuleiro da ponte à medida que o constrói. No fundo, fizemos uma máquina para construir pontes, onde posteriormente passará a linha de alta velocidade”, explicou José Barros, director industrial da Metaloviana, frisando que a tecnologia utilizada na construção das máquinas tem um alto rigor de precisão. “Os tabuleiros que vão ser levantados para construir a ponte pesam cerca de 70 toneladas cada um, portanto, não pode falhar nada”, reiterou José Barros.
“O facto de ser um equipamento para o sector ferroviário implica que tudo seja ensaiado a 100%”, concordou Gabriel Correia, da Direcção técnica e comercial da Metaloviana, indicando que a infra-estrutura integra quatro máquinas para fazer quatro viadutos. Os testes a toda a maquinaria complexa deste equipamento estão a ser feitos, há cerca de um mês, nas instalações da antiga Cerâmica Rosa para garantir que no local da obra “nada falhe”, indicou. “Qualquer aspecto que não funcionasse no local da obra significaria custos colossais, tanto para o cliente como para quem executa. Por isso, o facto de depositarem confiança na Metaloviana para executar este projecto demonstra o relevo que é dado ao preço/qualidade que a empresa garante nos seus produtos e a sua capacidade técnica, desde a fase de engenharia como de produção”, acrescentou.
Segundo o director industrial, a Metaloviana consegue dar este tipo de resposta porque a sua linha de trabalho é completa, desde o aço que chega à empresa até aos acabamentos finais. “É difícil encontrar empresas que consigam cortar chapa de todas as espessuras e perfis de todas as dimensões. Nós temos equipamentos com as tecnologias mais actuais do mundo, o que nos torna competitivos e permite que trabalhemos para o Reino Unido, que é um mercado muito exigente e com tolerância zero ao erro”, salientou. “Este é um super equipamento e muito especial que foi feito na Metaloviana pela confiança que depositaram em nós, porque sabem das condições que dispomos, nomeadamente com este amplo espaço, e do know how e experiência dos nossos trabalhadores”, acrescentou. O equipamento vai começar a ser enviado em setembro para o Reino Unido e a partir de Dezembro começará a construir pontes.
A aquisição da antiga Cerâmica Rosa, de Alvarães, foi pensada há mais de uma década precisamente para dar resposta aos desafios do futuro da Metaloviana. O objectivo da administração, na altura ainda com o fundador Morais Vieira, foi a pensar no crescimento estrutural da Metaloviana, disponibilizando um amplo espaço que permita aos clientes ver in loco o funcionamento das máquinas encomendadas. “A Metaloviana há muito que está envolvida em grandes obras, como o rodoanel de S. Paulo. Agora que surgiu este projecto para o Reino Unido, já tínhamos o espaço da Cerâmica Rosa praticamente na sua plenitude para conseguir fazer esta complexa obra de engenharia”, referiu Valdemar Cunha, da administração da Metaloviana. “É também importante que a região perceba que está implantada na zona industrial do Neiva uma empresa do primeiro mundo, com uma forte componente tecnológica”, reforçou.