O Solé Atelier é um gabinete de arquitectura, consultoria, design e urbanismo fundado há 17 anos, em Caminha, pelo arquitecto Fernando Solé, que começou a trabalhar na Meadela, em Viana do Castelo, e entretanto, abriu também um gabinete em Valença.
Fernando Solé é o arquitecto, urbanista e designer à frente de uma equipa com três arquitectos, mais cinco colaboradores directos e outros indirectos. O Solé Atelier tem trabalhos espalhados pelo país e também em Espanha e o fundador frisa que o fundamental no seu trabalho tem sido ir ao encontro das necessidades dos clientes. O atelier desenvolve trabalhos de arquitectura para moradias unifamiliares, multifamiliares, geminadas e em banda, urbanismo e loteamentos, edifícios de utilização pública e espaços comerciais – interiorismo e design. Desde sempre que o portfólio do atelier conta com trabalhos em quase todo o tipo de áreas, embora, as moradias familiares representem uma boa fatia do trabalho desenvolvido”, destaca a empresa, dando nota de que o atelier tem uma parcela significativa de trabalhos, de cariz social e cultural, em Viana do Castelo, Caminha, Valença, Vilar de Mouros, Paredes de Coura, entre outras cidades da região. Obras mais recentes têm também surgido no distrito do Porto, Viseu e Lisboa. “Tanto aparecem clientes que pretendem saber se construir em certa zona é um bom investimento, como aparecem jovens que pretendem uma primeira habitação, interessados em ter uma segunda habitação, que pretendem algo criativo, fora do contexto, com linhas vanguardistas, e o cliente que compra solares, como o de Viseu que transformamos com mais de 20 suites em alojamento local”, contou arquitecto, desvendando que está a trabalhar num projecto em Covas, que vai dar origem a um restaurante “como há poucos no distrito”. É também da sua autoria o projecto do campo do Âncora Praia, feito pro bono, quando o seu filho foi lá jogador, e tem sido um arquitecto solicitado por várias juntas e câmaras do Alto Minho para consultoria.
Fernando Solé tem 53 anos e estudou nos Estados Unidos, onde tirou o bacharelato em design de produto. “Depois entrei em arquitectura no New York Tech e, em 1991, decidi regressar a Portugal e, na Universidade Lusíada, consegui os três anos de equivalência, acabei o curso em arquitetura e depois fiz a especialização em urbanismo”, contou o arquitecto que iniciou a sua actividade em 1997, com um estágio de três anos no gabinete do arquitecto Coutinho Ramos, em Viana do Castelo. O arquitecto começou a trabalhar por conta própria na Meadela, conciliando o trabalho de arquiteto com o de professor, em cursos de desenhadores projetistas e técnicos de desenho. A partir de 2011, Fernando Solé fez parte do projecto televisivo “Querido, mudei a casa”, acompanhando as obras e projectos.
Sobre os projetos recentes, o arquitecto destacou a requalificação do Palácio de Vidro, em Valença. “Está a ser requalificado para apartamentos, vão ser 40 frações de habitação e vai dar resposta à muita procura que existe”, afirmou Fernando Solé. “Um dos primeiros projectos dentro da fortaleza foi o “Muralhas” que fui eu que desenvolvi o projecto de arquitectura”, acrescentou, feliz por sentir que o seu trabalho tem sido reconhecido. “Mas isso acresce a responsabilidade naquilo que faço”, assumiu o arquitecto, que é procurado também para aconselhamento técnico sobre os projectos.
Sobre os seus objetivos profissionais, Solé diz ter chegado a um ponto em que está “satisfeito”. “Quem tem a oportunidade de ter as experiências que eu tive até agora, depois de ter feito projetos de toda a ordem, sabe que não é só pelo projeto, mas por ser útil para desenvolver”, sustentou o arquitecto, feliz por ter uma filha que lhe seguiu as pisadas na arquitectura.