“Queremos cantar, em conjunto, para que Viana seja, efetivamente, multicultural”

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A Associação de Grupos Folclóricos do Alto Minho vai promover uma oficina de canto tradicional em Viana do Castelo, que pretende ensinar cantigas tradicionais portuguesas e, através desta forma de expressão artística, promover a inclusão de migrantes, que residem no concelho.

“O que pretendemos é que o público deixe de ser espectador e aprenda a cantar as cantigas tradicionais portuguesas. Além de fazer bem, cantar permite que nos relacionemos uns com os outros, em vez de ficarmos cada um no seu canto”, explicou Mafalda Rego, uma das responsáveis pela oficina.

A iniciativa assinala o Dia Mundial do Canto e está inserida no projeto “Viana Acolhe”, que tem como objectivo promover a integração de nacionais de países terceiros, através da participação em atividades culturais.

A oficina do canto, orientada por Fernanda Bouças e Liliana Quesado, vai decorrer no sábado, às 10:30, na Porta Mexia Galvão, no centro histórico de Viana do Castelo. Se chover, a iniciativa será transferida para a igreja da Sagrada Família.

As duas orientadoras da oficina vão ensinar a cantar “Gotinha de água”, “Atrás do sol anda a lua”, “Roquinha de pau” e o “Coro das maçadeiras”. No final, o objetivo é que “todos cantem, a uma só voz, as quatro cantigas tradicionais”, referiu Mafalda Rego.

“O que pretendemos é integrar pela cultura. Juntarmo-nos e cantarmos, em conjunto, para que a cidade seja, efetivamente, multicultural. É preciso que as pessoas se conheçam e troquem saberes”, desafiou Mafalda Rego, frisando que a oficina de canto “não está limitada a nenhum grupo etário, nem a conhecimentos musicais, nem mesmo, a propriedades vocais”.