“Numa semana celebraram-se vários Santoinho pelo mundo”

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DOMINIQUE ABREU PHOTOGRAPHY

Nas últimas semanas, o espírito do Santoinho foi vivido em várias partes do mundo, para além do seu espaço original em Darque, Viana do Castelo. Rio de Janeiro e Santos, no Brasil, e Toronto, no Canadá, promoveram os tradicionais arraias, que contaram com uma forte adesão de populares de todas as idades para festejaram as tradições alto-minhotas. 

No dia 30 de setembro, o Centro Cultural Português de Santos, no Brasil, acolheu a 26ª Festa de Santoinho que coincidiu com a comemoração dos 62 anos do Rancho Folclórico Verde Gaio. No mesmo dia, também se realizou mais uma edição do Santoinho em Toronto, uma iniciativa organizada pela Associação Cultural do Minho de Toronto com a presença, entre outros, do cantor popular Zezé Fernandes.”O Santoinho em Toronto é já uma tradição bem enraizada na comunidade que atrai milhares de pessoas, sendo que este ano os bilhetes para o Santoinho de Toronto esgotaram meses antes do evento”, contou Ivo Cunha, do Santoinho.  No dia 7 de Outubro foi a vez de celebrar o Santoinho na Casa do Minho do Rio de Janeiro. Aqui a tradição remonta há mais de 40 anos, com a realização do Arraial de Santoinho todos os meses.

“Neste curto período, o Santoinho foi celebrado na Europa, América do Norte e América do Sul, comprovando que Santoinho tem uma dimensão verdadeiramente internacional. Somos uma identidade que valoriza as várias facetas da nossa cultura e as associações celebram o Santoinho como um evento integrador das várias tradições. Temos feito um trabalho de parceria para manter viva a tradição”, frisou Ivo Cunha, notando que o Santoinho une gerações e comunidades. “Numa fotografia do arraial de Toronto vê-se uma uma criança com menos de dois anos de idade a usar um vestido com características minhotas. Temos pessoas entre os oitos meses até aos 88 anos e isto está bem enraizado nas comunidades. É com muito orgulho e satisfação que vemos este tipo de manifestações lá fora”, afirmou. 

Ivo Cunha vincou, ainda, a importância do cariz regular destes eventos. “Significa que é algo simbólico e um marco importante na dinamização da própria comunidade. Há uma enorme adesão das comunidades locais e não só porque depois engloba outras daquela região e país.”, considerou.

Ivo Cunha notou que, neste ano, tem havido mais adesão ao Santoinho. “Mesmo em Darque temos estado esgotados e as festas também têm sido muito alegres e dinâmicas. Também temos muita juventude. Há muita vontade de celebrar neste momento de espontaneidade na vida das pessoas”, reconheceu.