Projecto transfronteiriço vai diminuir microplásticos e contaminantes no rio Minho
‘BlueWWater’ é o novo projeto de cooperação transfronteiriça, que envolve 11 entidades do Norte de Portugal e da Galiza, entre as quais o Município de Vila Nova de Cerveira através do Aquamuseu do rio Minho, e que visa o controlo, tratamento e redução de microplásticos e contaminantes emergentes em águas residuais urbanas e no meio costeiro transfronteiriço, protegendo, conservando e valorizando a biodiversidade existente. Com um custo elegível de 1.4ME, o projeto foi aprovado pelo Comité de Gestão do Programa de Cooperação Interreg VI A España-Portugal 2021-2027, com uma comparticipação FEDER de cerca de 1ME.
Com um período de intervenção até agosto de 2026, o projeto ‘BlueWWater’ tem como objetivo o controlo, seguimento e avaliação das emissões de microplásticos e contaminantes emergentes no meio aquático, através de um estudo de eficiência das estações de tratamento de águas residuais urbanas em ambas as regiões e do risco ambiental destes contaminantes. Para o efeito, prevê-se a elaboração e otimização de metodologias analíticas de alto rendimento que facilitem a determinação desses contaminantes, organizando também um exercício de comparação interlaboratorial para colaborar com outras entidades na validação destas metodologias.
Além disso, e procurando garantir um uso sustentável dos recursos hídricos, o consórcio ‘BlueWWater’ vai ainda propor a implementação de estudos experimentais para avaliar o potencial de reutilização da água tratada para fins agrícolas, bem como dar o seu contributo para a implementação de uma nova normativa comunitária (Diretiva Quadro da Água e Diretiva Quadro sobre a Estratégia Marinha).
Com uma estreita relação com a comunidade escolar e pesqueira, a integração do Aquamuseu do Rio Minho neste consórcio ‘BlueWWater’ permitirá partilhar conhecimentos como base para a realização de atividades de Educação Ambiental com as escolas e a comunidade em geral, tendo como tema central os impactos dos plásticos no meio ambiente como na saúde, contribuindo para uma mudança de atitude e de hábitos da sociedade, por exemplo fomentando a redução do consumo de produtos de uso unitário e único. O investimento total elegível para a atividade do Aquamuseu do Rio Minho é de quase 35 mil euros, tendo conseguido uma comparticipação FEDER de 75%, ou seja, mais de 26 mil euros.