“Paredes de Coura é um celeiro de fábricas e criação de emprego”
“Afinal, o sonho tornou se realidade”. Foi com este cumprimento que o presidente da Câmara Municipal de Paredes de Coura, Vítor Paulo Pereira, recebeu o primeiro-ministro, António Costa, para a inauguração da ligação à A3. Num dia que o autarca socialista descreveu como “histórico” foi também inaugurada a primeira fábrica de vacinas em Portugal na na zona industrial de Formariz, pretendendo-se criar ali criar um pólo biotecnológico.
Depois de sucessivos adiamentos, o líder do Governo inaugurou, finalmente, o novo acesso que já está concluído há algum tempo, mas só agora foi oficialmente inaugurado com a presença de uma vasta comitiva governamental e autárquica. “Uma estrada com perfil de variante não é uma linha que se pode pôr num programa eleitoral e muito menos uma prenda para premiar alguma gordura política e eu também nem tenho muita. Uma estrada tem que ser merecida e Paredes de Coura há muito que a merecia”, proclamou o presidente da Câmara Municipal, destacando o crescimento económico do concelho.
“Crescemos 700%, criamos riqueza, exportamos e temos uma estratégia virada para o futuro. Muitos membros de governos passaram por cá a prometer a estrada, mas António Costa sabia que era preciso premiar esta gente que trabalhava. Não temos dúvidas que foi o crescimento exportações e aumento emprego que acabou por impulsionar esta ligação”, acrescentou Vitor Paulo Pereira, reconhecendo que o concelho chegou a perder investimento por falta deste acesso. “É um facto que muitos investidores vieram a Paredes de Coura e desistiram porque estes 15 quilómetros eram uma tormenta, mas também ganhámos outros por causa do apoio que damos no licenciamento, acompanhando os processos industriais e compreendendo o tempo dos empresários”, salientou o autarca socialista , considerando tratar-se de um dia “histórico”. A estrada foi um milagre, um sonho impossível, mas não foi impossível porque fomos persistentes. São os inimigos da história que acabam por fazê-la e a história esteve sempre contra nós. Fomos uns combatentes persistentes e utilizamos as armas mais temíveis: ingenuidade, sonho, fragilidade, mas também competência e trabalho”, declarou, frisando que o nome do primeiro ministro “ficará na história” do concelho.