Vila Verde fez “homenagem singela, mas muito sentida” às mulheres vítimas de violência doméstica

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O Município de Vila Verde assinalou o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, com a exposição de 25 cruzes na escadaria frontal dos Paços do Concelho. Cada cruz representa cada uma das 25 mulheres assassinadas ao longo deste ano, em contexto de violência doméstica, em Portugal.
O vice-presidente da Câmara e responsável municipal pela ação social, Manuel Lopes, referiu tratar-se de “uma homenagem singela, mas muito sentida”. Sensibilizou que “é importante que todas as pessoas vítimas de violência doméstica sintam que podem contar com o apoio e ajuda da sociedade”.
O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres pretende mobilizar a sociedade para uma atitude de vigilância e alerta permanente, face aos números da violência contra as mulheres e violência doméstica, num contexto agravado pelos desafios impostos pela pandemia COVID-19.
Violência no namoro

No âmbito do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres – 25 de novembro, o Projeto Farol, estrutura de atendimento às vítimas com Resposta de Apoio Psicológico a Crianças e Jovens (RAP), desenvolvido pelo Núcleo de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica (NAVVD ) do GAF, lançou um apelo à participação de todos os Parceiros da Rede de Intervenção Intermunicipal de Violência Doméstica (RIIVD) e da comunidade escolar.

Neste convite, os parceiros foram desafiados a abordar a temática da Violência no Namoro, destacando-a como uma expressão de violência de género e alertando para as diversas formas de violência presentes nas relações de intimidade. A violência no namoro ocorre quando um dos membros do casal exerce poder e controlo sobre o outro, através de violência física, emocional, sexual ou financeira.

De acordo com o recente Estudo Nacional sobre Violência no Namoro (2023), 65,2% dos jovens entre o 7º e o 12º ano de escolaridade já vivenciaram atos configuráveis como violência no namoro. Surpreendentemente, 67,5% destes jovens aceitam como natural pelo menos uma forma de violência na intimidade.

“É urgente consciencializar a comunidade sobre este grave problema e combater todas as formas de violência, promovendo relacionamentos saudáveis e igualitários. A violência no namoro é reconhecida como uma forma de violência doméstica, caracterizando-se como um crime público, sendo responsabilidade de cada cidadão denunciá-la”, apelam as responsáveis do projecto Farol.