Zé Pedro: “Ainda quero marcar muitos golos no Limianos e ser presidente do clube”
Avançado goleador, José Pedro Cerqueira demonstra que os ditados populares do “bom filho à casa torna” e “filho de peixe sabe nadar” têm um fundo de verdade. O craque, que fez parte da primeira equipa de benjamins da história do Limianos e chegou à I Liga, pelo Rio Ave, regressou a Ponte de Lima, onde espera terminar a sua carreira pelos “canarinhos”. Filho de José Cerqueira, outro craque goleador da década 80 pelo Limianos, Zé Pedro admite que o pai teve influência na sua vontade de ser jogador de futebol. Mas foi pela mão do avô Ernesto, que Zé Pedro começou a vibrar com o Limianos, aos domingos à tarde. Aos 31 anos, o avançado arrepende-se de ter encarado o futebol como uma obsessão, orgulha-se de ter estado no banco do SC Braga nos quartos de final da Liga Europa e de ter marcado golos que garantiram a permanência do Académico de Viseu na II Liga. Recordou ainda as históricas subidas com o Lank Vilaverdense e deixou a garantia de que vai ser presidente do Limianos.
Zé Pedro cresceu em Arcozelo, com os avós, e depois mudou-se para a Feitosa, onde os pais, entretanto, se fixaram. Miúdo muito activo que sempre adorou desporto, Zé Pedro começou por jogar basquetebol, por influência da irmã mais velha. “Na altura ainda não havia futebol para a nossa idade no Limianos. Mas quando “Toninho Ganância” criou a primeira equipa de benjamins no clube, eu mais alguns rapazes da minha idade, incluindo o Vasco Costa, que é meu primo afastado, passamos a jogar futebol, que era a nossa paixão”, contou o avançado, que não chegou a ver o seu pai a jogar futebol. “O meu pai conta que no tempo em que ele foi jogador, vinha muito mais gente ver os jogos. Ele até diz que à quinta-feira, no treino, tinha mais gente do que agora nos jogos de domingo”, contou.
Quando “Toninho Ganância” criou a equipa de benjamins, a seleção dos jogadores era diferente de agora. “Éramos cerca de 20 miúdos, mas foram aparecendo mais. Agora fica toda a gente, mas naquela altura, ficavam os melhores”, contou Zé Pedro, admitindo que o legado do pai como avançado goleador contribuiu para o seu posicionamento no rectângulo de jogo. “Eu gostava de marcar golos, mas o que eu queria mesmo era jogar futebol, de preferência pelo Limianos”, confessou Zé Pedro, saudoso do tempo em que ia ver os jogos com o seu avô Ernesto Costa, que foi presidente do clube. “Ele vinha ver todos os jogos ao domingo e eu vinha com ele”, confirmou.
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