Maria José Fernandes reeleita presidente do Conselho Coordenador dos Politécnicos
A presidente do Politécnico do Cávado e do Ave, Maria José Fernandes, foi reeleita presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, colocando apoios sociais aos alunos e melhores condições para os trabalhadores entre as prioridades do novo mandato.
A criação de um “verdadeiro sistema de financiamento da Ação Social no Ensino Superior”, através do reforço das bolsas de estudo e de auxílios de emergência, sem esquecer a alimentação, o alojamento, o acesso aos serviços de saúde, ou as atividades culturais e desportivas é uma das bandeiras do novo mandato da presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
A que se tornou a primeira mulher à frente do CCISP defende também que é preciso reforçar o financiamento dos apoios às Instituições de Ensino Superior (IES) para garantir o apoio aos estudantes com necessidades especiais.
Ainda no âmbito da ação social, o plano é continuar a trabalhar “para obter a garantia que o reforço para a ação social indireta se estenda para lá de 2024”, refere CCISP em comunicado.
O reforço do financiamento do Ensino Superior de forma a convergir com a média da OCDE é outras das bandeiras de Maria José Fernandes, que quer continuar o trabalho junto do próximo ministério do Ensino Superior no sentido de rever alguns diplomas enquadradores do Ensino Superior.
Promover políticas que reforcem a base social de participação no Ensino Superior e rever o Estatuto Carreira do Pessoal Docente também são projetos para os próximos anos.
No anterior mandato, lutou com sucesso pela alteração para a atual designação de “Universidade Politécnica” e conseguiu ver aprovado o direito às instituições politécnicas a outorgar doutoramentos.
Agora, entende ser essencial continuar o trabalho, nomeadamente, ao nível da revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), para consolidar estas pretensões há muito exigidas pelas instituições de natureza politécnica.
“Há muito caminho a percorrer para consolidar este processo. Para isso, teremos de assegurar que a aplicação prática da Lei n.º 16/2023 venha a ser uma realidade em breve.”, salientou a professora.
O CCISP é um órgão colegial que integra todos os institutos superiores politécnicos públicos, bem como escolas superiores não integradas, tendo também assento as universidades dos Açores, Algarve, Aveiro, Évora e Madeira.