“Durante oito meses, só existem gaivotas nas esplanadas de Viana”
A actualização do preço das taxas municipais a pagar pelas esplanadas em Viana do Castelo está a gerar controvérsia entre os comerciantes da cidade. Se há quem ainda não tenha conhecimento das mudanças, outros proprietários de cafés e restaurantes já sentiram na pele o aumento dos preços e consideram que as novas regras estão “completamente desajustadas da realidade”.
Os comerciantes ficaram isentos de taxas durante a pandemia, mas antes não pagavam “se a esplanada estivesse aberta ao domingo”, de acordo com os mesmos. Com o novo regulamento, as condições para a isenção aumentaram em número e em complexidade. De acordo com o novo regulamento, para estarem dispensados de pagar as taxas, os cafés e restaurantes de Viana do Castelo, entre outros requisitos, têm agora de ter a esplanada a funcionar “ininterruptamente desde as 9 horas até às 24 horas”. Mais ainda, o edital prevê que as esplanadas funcionem “todos os dias da semana, salvo condições atmosféricas desfavoráveis, excepto no dia de folga que não poderá coincidir com os dias de fins-de-semana, sextas-feiras ou feriados”.
Ouvidos alguns comerciantes com esplanadas na cidade, houve quem não estivesse a par da actualização, outros mostraram-se indignados com o aumento dos preços a pagar e alguns disseram que desistiram de ter esplanada por causa dos novos preços. O presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, explicou que se um agente económico “ocupa espaço público requalificado, com recursos de todos, é natural que assuma essa ocupação numa perspetiva positiva”. “Quem tiver maior proatividade na animação do espaço público tem um benefício em detrimento de quem tem uma atitude mais passiva. Quem só quer beneficiar do período de verão e não assume compromissos com o período de inverno, com os fins de semana ou com períodos alargados não pode ter o mesmo tratamento”, justificou.
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