Coração do Santoinho é uma “taça dos campeões”

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A Confraria da Alegria recebeu o coração do Santoinho, galardão que o “grão-mestre” Quim Barreiros considerou como uma “taça dos campeões”. A cerimónia da entrega do galardão aconteceu na Praça das Concertinas, local que o Santoinho criou para homenagear os tocadores da região, onde já estão imortalizados Quim Barreiros, Augusto Canário e Vilarinho de Covas. 

Esta foi a primeira vez que a Confraria da Alegria se reuniu na Praça das Concertinas, num momento que o administrador da Fundação Santoinho, Valdemar Cunha, considerou “histórico”, marcado também por um alegre convívio entre todos num animado jantar, durante o qual não faltaram as cantorias e as desgarradas. 

Augusto Canário afinou pelo mesmo diapasão: “Quando venho ao Santoinho, levo sempre o coração renovado.” O cantador ao desafio diz que descobre “sempre” coisas novas quando visita o Santoinho. A mais recente foi uma homenagem a António Cunha, o fundador do arraial, considerando também “a alma” deste espaço. 

Recém-chegado dos Estados Unidos, Zé Amaro fez questão de voltar a reunir-se com os seus companheiros da Confraria da Alegria. “Fazer estas horas todas de viagem para estar aqui valeu a pena porque é sempre um privilégio enorme estar nesta grande casa, rodeado de amigos e com comida boa”, afirmou o cantor vimaranense, agradecido ao Santoinho por reconhecer o trabalho dos artistas populares.

Olhando para a mesa à qual se sentaram os vários elementos da Confraria e mais alguns amigos, Jorge Salgueiro, dos Sons do Minho, comparou-a à “mesa dos apóstolos”. Num tom mais sério, concordou que o Santoinho é o local certo para reunir a Confraria da Alegria.