“Aos bombeiros nada é dado, só exigido”
Tudo parece alinhado para que o quartel dos bombeiros voluntários de Valença avance, finalmente, para a legalização e, assim, o presidente da Direção, Abel Guerreiro, cumpra todos os objetivos que estabeleceu para o seu mandato, que termina em dezembro. Com a legalização, o dirigente acredita que as obras para um renovado parque de viaturas e uma camarata masculina vão avançar, embora estejam sempre dependentes de uma candidatura ao PRR, tendo em consideração os 700 mil euros que são necessário para a concretização do projeto pretendido.
Abel Guerreiro é natural e residente em Valença e durante muitos anos foi solicitado para ingressar nos bombeiros e na política, mas a sua atividade profissional como bancário foi sempre um entrave no que respeita aos bombeiros. Já o ingresso na política nunca foi uma hipótese. “Ao longo dos anos fui convidado várias vezes para a política e para os Bombeiros, mas nunca aceitei. Na política não aceitei porque detesto política, só deixei que o meu nome fosse em listas num lugar que não fosse elegível. Para os bombeiros não aceitei porque não tinha disponibilidade, trabalhava das oito da manhã às oito da noite”, referiu Abel Guerreiro, que trabalhou na Caixa Geral de Depósitos de Valença durante 15 anos, em Cerveira um ano e meio, em Caminha dez anos, em Paredes de Coura um ano e meio e igual período em Melgaço.
Quando se reformou o convite para os bombeiros manteve-se e nessa altura já não tinha como recusar. “No associativismo em Valença somos convidados para o rancho folclórico, que não me diz nada, para o futebol, que não gosto, ou para os bombeiros, que na reforma tinha de aceitar. Tenho de confessar que, apesar de ser sócio dos bombeiros há 53 anos, nunca liguei muito à associação, mas depois de estar aqui é para dar tudo”, vincou. A estreia na Direção dos bombeiros foi como tesoureiro e só mais tarde como presidente.