Hélio Lucas foi eleito Treinador do Ano na Gala do Desporto em que o futebol e a canoagem ‘empataram’ em galardões.
A Gala da Confederação do Desporto de Portugal (CDP) ‘deslocou-se’ do Casino Estoril para o Pavilhão Carlos Lopes, precisamente o grande homenageado da noite – recebeu o prémio Mérito Desportivo-Alto Prestígio -, mudou de ‘roupagens’ e datas, mas manteve a tradição de distinguir os melhores no desporto, entre os quais estavam Hélio Lucas (Treinador) e Norberto Mourão (Desporto Adaptado), ambos representantes da canoagem, a seleção feminina de futebol (Equipa) e o futebolista João Neves (Jovem Promessa).
Aos 19 anos, Diogo Ribeiro estreia-se entre os galardoados na categoria Atleta Masculino, batendo nomes de peso: o canoísta Fernando Pimenta, vencedor da passada edição e que conquistou 13 medalhas, entre as quais três de ouro em Mundiais de velocidade e maratona, o futebolista Bernardo Silva, campeão inglês, europeu e mundial ao serviço do Manchester City, e os ciclistas Iúri Leitão, campeão mundial de omnium, e João Almeida, terceiro classificado na Volta à Itália.
Entre os nomeados para Treinador do Ano, Hélio Lucas, treinador com mais títulos europeus e mundiais e medalhas na canoagem portuguesa, foi o preferido, em detrimento dos selecionadores Alberto Silva (natação), Gabriel Mendes (ciclismo de pista), Paulo Jorge Pereira (andebol) e Francisco Neto (seleção A feminina de futebol).
“Para mim, foi uma honra estar mais uma vez nomeado. Confesso que não estava nada à espera”, admitiu Lucas.
A canoagem, aliás, foi duplamente premiada, já que o paracanoísta Norberto Mourão, vice-campeão europeu em VL2, foi eleito na categoria Desporto Adaptado.
A 27.ª Gala do Desporto encerrou com a homenagem a Carlos Lopes, distinguido com o Prémio Alto Prestígio, a mais alta distinção da entidade, no ano em que se completam 40 anos desde que se sagrou campeão olímpico da maratona em Los Angeles1984 – o primeiro ouro de Portugal em Jogos Olímpicos.
“Acho que valeu a pena todos os sacrifícios que fiz ao longo da minha carreira”, confidenciou à plateia, já depois de, numa mensagem gravada, defender que “o país precisa de pessoas que pensem o desporto a sério”.