“TGV divide Brandara ao meio”

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Teresa Cristino, presidente da Junta de Brandara, Ponte de Lima, não tem dúvidas que projecto com o traçado previsto para a passagem do TGV será o que mais dores de cabeça lhe vai trazer nos próximos tempos, lamentando que a freguesia não tire quaisquer dividendos deste investimento, que vai implicar a demolição de mais de uma dezena de casas. Ainda assim, a autarca, que cumpre o segundo mandato, assegura que o que mais tem prejudicado esta localidade são as limitações do PDM, garantindo que “não há mais onde construir”.
No traçado previsto para a passagem do TGV, a freguesia da Brandara “será uma das mais prejudicadas”, garante Teresa Cristino. “Eu já vi o traçado e divide a freguesia completamente ao meio. Passa, mais ou menos, paralelo à auto-estrada e apanha uma série de casas… até não sei se ainda chega ao edifício do jardim de infância… perto passa”, revelou, estimando que a empreitada implique a demolição de mais de uma dezena de habitações. “Já que vão obrigar a deitar as casas abaixo, que nos disponibilizem mais terrenos para construção”, atirou. Frisando que a construção deste traçado “ai ser muito prejudicial” para Brandara, a autarca garante que a Junta de Freguesia irá contestar junto das entidades competentes, embora admita que “não há grandes esperanças na alteração da decisão”. “Apesar que nós, e outras Juntas, contestamos a passagem da linha de muito alta tensão e parece que foi desviada. Senão também levávamos com tudo. O que me vai mais dores de cabeça nos próximos tempos será o TGV, mas o PDM ainda me preocupa mais”, atirou, frisando que a passagem do TGV “não trará qualquer benefício para Brandara”. “É um mal necessário e admito que faz falta para algumas coisas. Vamos lutar para que tenha o mínimo impacto possível”, afirmou.