“Verdoejo espera um boom na habitação”

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Na recta final do seu terceiro, e último, mandato na liderança da Junta de Freguesia de Verdoejo, no concelho de Valença, José Roda ainda não sabe o que lhe reserva o futuro, mas garante que ainda não “matou” o bichinho da política e espera ser convidado para um novo projeto. Até final do mandato pretende concluir a “marcante” obra do auditório, um projeto incomum nas freguesias e que vai ajudar a “desenvolver as poucas, mas muito boas” associações de Verdoejo.
Natural de Verdoejo, José Roda emigrou para França com 20 anos e regressou aos 27. Aos 38 anos candidatou-se a presidente da Junta e a sua primeira eleição foi uma “surpresa”. “Quando uma pessoa é eleita três vezes é sinal que mostrou trabalho, tanto eu como todo o executivo. Quando entrei em 2013 fui uma novidade, ninguém esperava que ganhasse as eleições”, frisou, recordando a forma atípica como chegou a candidato. “Na altura fui eu que falei com o partido, neste caso o PS, e disse que gostava de ser presidente da Junta. Sei que acontece quase sempre o contrário e as pessoas é que são convidadas para encabeçar a lista, mas, neste caso, eu pedi porque era uma ambição que tinha”, referiu.
A ligação ao PS começou ainda jovem, mas não lhe garantiu a experiência necessária para enfrentar o “choque” que teve na estreia como presidente da Junta de Freguesia. “Fiz parte de uma lista do PS para a Câmara, através do senhor Clemente Amorim, que já faleceu. Depois fui para França e quando regressei voltei a ter o bichinho de entrar no mundo da política. Entendia que podia dar um grande contributo à freguesia e acho que consegui”, afirmou, realçando, no entanto, que a adaptação ao cargo “não foi fácil”. “Quem perde, como é normal, não gosta, e entregaram-me a Junta de uma forma em que caí aqui de paraquedas. Foi um trabalho complicado, mas consegui dar a volta porque a minha ambição era muita. Pedi ajuda a bastantes pessoas e fui aprendendo com todos”, registou.