Vereador do PSD propõe eliminação do estacionamento no areal de Ponte de Lima

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Na mais recente reunião de Câmara de Ponte de Lima, o vereador do PSD apresentou uma proposta para eliminar o estacionamento no areal, entre a ponte medieval e a ponte de Nossa Senhora da Guia.

O vereador do PSD, José Nuno Araújo, propôs a eliminação do “estacionamento automóvel no areal, entre a ponte românica e a ponte de Nossa Senhora da Guia”. “A presente proposta permitirá que o areal seja devolvido a atividades de navegabilidade, lazer e/ou lúdicas”, defendeu o vereador do PSD, considerando que há alternativas de parqueamento “designadamente, na Guia, na Expolima e São João”.

O presidente da Câmara de Ponte de Lima admitiu dificuldades na manutenção da rede de ecovias junto ao rio Lima, mas garantiu que a autarquia está a trabalhar para que sejam uma mais valia para o território. Os vereadores da oposição consideram que a manutenção não tem sido suficiente e defendem que as intervenções devem ser feitas nas duas margens do rio.  

“Ponte de Lima tem ecovias lindíssimas e, deixá-las ao abandono, é um desperdício de oportunidades”, declarou Zita Fernandes, vereadora da do movimento Ponte de Lima, Minha Terra (PLMT), na mais recente reunião de Câmara. A vereadora defendeu ainda necessidade de solucionar a “falta de canalização das águas que vêm dos ribeiros” e de intervir nas duas margens do rio. 

O presidente da Câmara, Vasco Ferraz, assegurou que as ecovias do concelho “não estão ao abandono”. “Estamos a contratar uma equipa de sapadores para termos as ecovias mais bem mantidas. Porém, tê-las estáveis é mais difícil porque a sua constituição é muito frágil. Já estamos a fazer alguns trabalhos profundos, mas temos tido dificuldades com algumas entidades”, assumiu Vasco Ferraz, adiantando que há intervenções previstas em Fontão, Bertiandos, Arcozelo e Refóios.

Durante a reunião, Vasco Ferraz informou que a autarquia acionou as garantias bancárias por haver falha dos sistemas de alerta, após as obras de alargamento da rede de saneamento no pólo industrial da Queijada. “O empreiteiro não achou que tinha que assumir na altura e, então, acionamos as garantias bancárias. Penso que já estamos em tribunal”, admitiu o autarca. Zita Fernandes considerou que “há falhas inadmissíveis na obra”.  “Fico com dúvidas se o problema é unicamente da responsabilidade da empresa”, insurgiu-se, mostrando estranheza pelo facto de a empresa não ter apresentado o plano de manutenção. “Se não foi entregue é uma falha da Câmara”, reiterou a vereadora. “Não temos que exigir porque a empresa tem que cumprir com isso. Se o banco não achasse que tínhamos razão, não libertava as verbas para o efeito”, respondeu Vasco Ferraz.

Também foi aprovada, com uma abstenção do PSD, a reversão de alguns lotes no pólo empresarial e industrial da Gemieira. “Passaram cinco anos e não há qualquer tipo de construção”, justificou Vasco Ferraz. Zita Fernandes relembrou que os vereadores da oposição votaram contra a venda de um dos lotes. “Afinal, tinham razão em votar contra porque está a reverter-se o processo”, ironizou. José Nuno Araújo, do PSD, absteve-se na aprovação deste ponto da ordem dos trabalhos. “A política do Município não foi a melhor e houve vereadores que votaram contra a venda. A maioria não dá ouvidos à oposição”, lamentou. O autarca considerou que o vereador não deveria abster-se. “Se teoricamente estamos a repor uma coisa que foi mal feita, então tinha que estar a votar a favor”, atirou Vasco Ferraz, adiantando que, no pólo da Gemieira ou no de Calvelo, pode vir a ser criada uma escola profissional.