Pedalada de Iúri Leitão e Rui Oliveira impress(ion)a nas primeiras páginas
Um final perfeito deu uma inesquecível medalha de ouro a Portugal em madison nos Jogos Olímpicos Paris2024, com Rui Oliveira e o vianense Iúri Leitão a tornarem-se os primeiros campeões fora do atletismo e fazerem o pleno nas primeiras páginas dos jornais nacionais no domingo.
Depois de Iúri Leitão ter dado a primeira medalha de sempre ao ciclismo de pista nacional, a expectativa de Portugal conseguir um bom resultado aumentava, mas o início da corrida foi refreando os ânimos, até que nas derradeiras 40 voltas os portugueses ‘dinamitaram’ a corrida e partiram para um triunfo incrível.
À entrada para os derradeiros cinco sprints, que se disputavam a cada 10 voltas, os portugueses tinham apenas oito pontos, mas, somando mais dois no 16.º, antes de dominarem por completo os quatro finais, que lhes deram 25 pontos, aos quais juntaram 20 de terem ultrapassado o pelotão.
Contudo, o início da dupla lusa não parecia prometedor, sempre instalada na retaguarda, com a Áustria a conseguir ser a primeira equipa a conseguir ‘dobrar’ o pelotão, um esforço que viria a pagar caro, não conseguindo terminar a corrida.
Iúri Leitão tentou um primeiro ataque com 160 das 200 voltas por disputar, que lhe valeu, mesmo sem conseguir ‘dobrar’ o pelotão, oito pontos, que, chegaram a deixar Portugal em posição de pódio.
A Itália, com Elia Viviani e Simone Consonni, e a Dinamarca, campeã olímpica em Toquio2020, com Niklas Larsen e Michael Morkov, conseguiram pontuar os 20 pontos de dobrar o pelotão e pareciam estar numa luta a dois pelo ouro.
O primeiro objetivo, segundo os dois lusos, era garantir o diploma olímpico, reservado aos oito primeiros, meta que chegou a estar ameaçada, com Portugal a chegar a cair para fora do top 10.
Contudo, a ‘full gas’, como assumiu Iúri Leitão, a dupla lusa venceu os cinco últimos sprints, ‘dobrou’ o pelotão e passou para a frente, por dois pontos, a 10 voltas do final.
Com as três equipas que iam ficar no pódio definidas, o sprint final, que dava 10 pontos ao vencedor, podia ser decisivo para atribuição do título olímpico, mas Iúri Leitão não facilitou e deu um ouro histórico a Portugal.
Após a prova, os dois ficaram durante largos minutos abraçados a chorar no chão do velódromo de Saint-Quentin-en-Yvelines, antes de serem felicitados pelo primeiro-ministro Luís Montenegro, que celebrou o triunfo, na zona técnica da pista, de bandeira nacional em punho.
Já no pódio, festejaram com um tradicional salto de Cristiano Ronaldo e riram muito durante o hino, perante a desafinação total de Ivo, irmão gémeo de Rui Oliveira, também ele elemento da seleção nacional de pista.
