Na Festa do Rio, em Arcos de Valdevez, vê-se “arte, paz e sossego e um trabalho árduo”
O Rio Vez foi o palco para uma “Viagem a Portugal” durante mais uma edição da Festa do Rio, inserida nas Festas de Nossa Senhora da Lapa, em Arcos de Valdevez. Os barcos alegóricos navegaram até à ponte centenária de Arcos de Valdevez e representaram a Sé do Porto, Torre de Belém, Universidade de Coimbra, Templo de Diana, uma casa algarvia, as casas de Santana e o Paço de Giela. Durante 40 anos, Zé Mokuna foi o responsável pela Festa do Rio e passou, recentemente, o legado ao filho Nuno. Zé Mokuna confessou que esperava mais reconhecimento pelo seu trabalho.
Zé Mokuna, de 79 anos, organizou a Festa do Rio desde a juventude. “Neste momento, estou quase fora de prazo. Como tenho um problema visual, já não consigo fazer certas coisas. Os meus genes passaram para o meu filho”, afirmou o artista que remou num dos barcos da Festa do Rio. Para Zé Mokuna, o seu legado deveria ser mais reconhecido. “No ano passado tive que comprar uma cadeira para ver a serenata porque não fui convidado para a plateia. O meu filho trabalhou três meses para isto e vai receber o quê? Cinco mil euros? Isso é dinheiro?”, insurgiu-se o septuagenário, considerando que na Festa do Rio vê-se “arte, paz e sossego e um trabalho árduo”.