“É preciso criar uma sinalética oficial para o Caminho de Santiago”

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A Associação dos Amigos do Caminho de Santiago de Viana do Castelo está a comemorar o 20.º aniversário e inaugurou no Dia Nacional do Peregrino uma mostra que retrata estas duas décadas de atividade, que se iniciaram a 1 de dezembro de 2004 depois de um grupo de cerca de 30 amigos ter-se aventurado a fazer o Caminho de Santiago, numa altura na qual eram ainda poucas as pessoas que o conheciam.
Numa fase inicial, o objetivo desta Associação, que é liderada por Alberto Barbosa e que conta atualmente com mais de 300 sócios, foi “materializar a ideia de ser peregrino” e “reconhecer, estudar e sinalizar o Caminho”, desde São Pedro de Rates até Valença.
Concluída essa intervenção, e numa altura em que há cada vez mais peregrinos a trilharem o Caminho Português, será que a continuidade desta Associação ainda faz sentido? Alberto Barbosa, que tomou conhecimento da Peregrinação a Santiago de Compostela, em Espanha, depois de ler o livro “O Diário de um Mago”, do escritor brasileiro Paulo Coelho, há mais de 20 anos, não tem dúvidas de que sim. E apontou vários motivos.
“Mais do que nunca, faz sentido continuarmos. Inicialmente, porque era preciso dar a conhecer o que é ser peregrino de Santiago. E atualmente, porque se está a perder essa identidade”, alertou Alberto, revelando que são cada vez mais as pessoas que se afastam do caminho original para o fazer “por passadiços e junto à orla marítima”.