Utopia regressa a Braga em 2025 com os olhos na América Latina
Depois de 10 dias de programação intensa, o Festival Literário Utopia encerrou ontem a sua 2.ª edição. Com cerca de 18 mil visitantes, a iniciativa assinala um aumento face à edição do ano passado. A trabalhar na sua estratégia de internacionalização e expansão em território nacional, o Utopia confirma, para já, as datas da sua próxima edição em Braga. O Festival regressará de 14 a 23 de Novembro.
As datas ainda não são conhecidas. Por desvendar está também o país que vai receber o Utopia. Está, no entanto, confirmada uma edição do Festival na América Latina, já no próximo ano. A vontade de levar o Utopia para o outro lado do Atlântica já tinha sido expressa por Paulo Ferreira, diretor do Utopia, na edição do ano passado. “Apontada inicialmente para 2027, a internacionalização do Festival vai acontecer mais cedo”, sublinha, afirmando também que “é um sinal muito positivo esta antecipação, já que valida a relevância de um evento com este formato, assim como a aposta, cada vez crescente, no mundo literário”. Ainda de acordo com o diretor, “o Utopia quer afirmar-se, ano após ano, como uma referência no universo dos festivais literários, contribuindo para uma maior dinamização cultural e económica dos territórios em que se realiza”.
Também confirmada está uma edição em Ponta Delgada, no âmbito da Capital Portuguesa da Cultura 2026. No âmbito desta distinção, a cidade da ilha de São Miguel fará uma aposta forte no setor literário, fazendo chegar o Utopia ao Açores. Com datas ainda por confirmar pela organização do Utopia, Paulo Ferreira indicou que “é com grande entusiasmo que vemos o Festival crescer, podendo contribuir positivamente para o sucesso de uma iniciativa tão importante que é ser Capital Portuguesa da Cultura”.
Ainda antes de Ponta Delgada, Braga tem a responsabilidade de ser a próxima Capital Portuguesa da Cultura. Está por isso assegurada aquela que será a terceira edição do Utopia na cidade dos arcebispos, na segunda quinzena de novembro de 2025. De acordo com Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, “o Utopia é uma marca que se entranhou na cidade e se entrelaçou com a dinâmica cultural e com o ecletismo das manifestações culturais que apresenta, sendo elas próprias um fator de dinamização económica e de projeção nacional e internacional deste território”.
Foi o primeiro nome confirmado desta edição do Utopia, acabando por ter a sua presença adiada devido a motivos de saúde. J.M.G. Le Clézio vai, no entanto, viajar para Portugal, para uma sessão extra do Festival, a realizar no próximo ano. O público terá assim a oportunidade de assistir à entrevista de vida com o autor, que fazia parte da programação do primeiro fim de semana desta edição.
De 14 a 24 de novembro, o Utopia garantiu 10 dias de programação diária, sublinhando a versatilidade dos livros, levando os benefícios da leitura e da escrita a escolas e a empresas. Passando por vários locais de Braga, o Festival promoveu conversas, oficinas, entrevistas, lançamentos de livros worshops. Com mais de 100 convidados, pelo Festival passaram nomes como Paula Hawkins, Carmen Mola, Jeremy Dauber, Paulo Galizia, José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe ou Capicua, entre outros.
