Paulo Amaral: “No Atlético de Valdevez, sentia-me um profissional de futebol” 

0
4

Paulo Amaral dividiu grande parte do seu percurso no futebol entre Arcos de Valdevez, de onde é natural e reside, e Ponte da Barca, onde trabalha há 26 anos. Representou durante muitos anos o Atlético de Valdevez, Atlético dos Arcos e Ponte da Barca. Atualmente é treinador da equipa de Iniciados e coordenador técnico na formação do Atlético dos Arcos. Recordou o “profissionalismo” e as “brincadeiras” no Atlético de Valdevez e o “bairrismo” na Ponte da Barca.

Amaral foi um médio com qualidade de passe e de muita entrega ao jogo, daqueles que preferia quebrar do que torcer. Com enorme atitude competitiva, Amaral, agora com 46 anos, desfrutou do jogo até aos 40 anos. Desde cedo mostrou o seu “feitio complicado” de quem nunca aceitou menos do que ser uma opção válida nas equipas por onde passou. Começou a jogar nos Iniciados do Atlético de Valdevez e no primeiro ano de júnior mudou-se para o vizinho Ponte da Barca. “A mudança para a Barca foi engraçada. No Valdevez tinham dito que os juniores iam fazer a pré-época com os seniores. Apareci para o treino, mas o treinador disse que era muito pequeno e o melhor era só treinar com os juniores. Fiquei chateado e decidi que não jogava mais futebol”, lembrou, destacando o contributo de um diretor da formação barquense para voltar a jogar. “Durante as festas do concelho de Ponte de Barca, o diretor Sandro Varela veio ter comigo e convenceu-me a voltar a jogar. Comecei a jogar e a determinada altura surgiu a oportunidade de jogar pelos seniores, num jogo-treino com o Vilaverdense. Na altura, já tinha um feitio complicado e disse ao Sandro que aceitava ir aos seniores, mas não era para jogar cinco minutos. O que aconteceu foi que ganhamos 1-0 e marquei o golo. A partir desse jogo, comecei a treinar mais vezes com os seniores, mas ainda a jogar pelos juniores. Na época seguinte, como júnior de segundo ano, já integrei o plantel sénior da Ponte da Barca”, notou.