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“Ter a Câmara de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro a trabalhar em Ponte de Lima é a cereja em cima do bolo”
A Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, que é liderada pelo limiano António Montenegro Fiúza, vai passar a dispôr de uma sala no palacete Villa Moraes, para poder desenvolver a sua actividade em Ponte de Lima, através de um contrato de comodato assinado com a Câmara de Ponte de Lima. O acordo, que foi firmado no âmbito das comemorações dos 900 anos de Ponte de Lima, antecedeu o “Fórum Portugal-Brasil, Perspetivas de Futuro”, que reuniu na Villa Moraes líderes empresariais e institucionais, num encontro o estratégico para fortalecer as relações económicas e institucionais entre os dois países.
“Termos um limiano à frente da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro é um orgulho e agora ter a Câmara a trabalhar em Ponte de Lima, em instalações nossas, é a cereja em cima do bolo”, comentou o presidente da Câmara de Ponte de Lima, Vasco Ferraz, antecipando o reforço das relações comerciais entre Ponte de Lima e o Rio de Janeiro.
Na abertura do fórum, o autarca destacou a ligação do palacete ao Brasil. “Não poderíamos estar no local mais apropriado, porque este palacete foi erguido por João Rodrigues de Morais, um notável limiano, benemérito prodigioso, que bem cedo na sua vida emigrou para o Brasil, para se juntar ao seu irmão, onde conseguiu acumular, nos negócios da distribuição alimentar e do fomento industrial, entre a Baía e o Rio de Janeiro, uma grande fortuna, tendo depois regressado à sua terra natal para ajudar no seu progresso e na sua prosperidade”, enquadrou, lembrando que “Ponte de Lima foi berço de notáveis personalidades que ajudaram a fazer a história do Brasil”. “É também conhecida a relação muito peculiar dos homens da nossa freguesia da Labruja ao Brasil. Muitos limianos dessa freguesia emigraram para o país nosso irmão e estão bem atestados os laços que ainda hoje unem muitos emigrantes saídos da Labruja ao Santuário de Nosso Senhor do Socorro e às Festas, à Romaria que lá acontece todos os anos no início de julho”, acrescentou, satisfeito por ver que o fórum “foi uma oportunidade privilegiada para o debate e para o trabalho em rede entre empresários, investidores e representantes institucionais interessados em impulsionar novas parcerias e fortalecer os laços entre Brasil e Portugal”.
António Montenegro Fiúza destacou a importância do sector privado para a criação de riqueza, defendendo o investimento “nos dois sentidos”, e realçou, além da riqueza histórica, cultural e patrimonial, a localização geoestratégica de Ponte de Lima, inserida numa euro-região Norte de Portugal /Galiza, com quase sete milhões de habitantes. “Temos um tecido empresarial e económico fortíssimo, aqui produzimos riqueza, por isso, temos de fazer que parte dessa riqueza fique nestes nossos municípios, por isso, vejo aqui muitas oportunidades”, afirmou.