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“Trilho mostra paisagens encantadoras na Miranda, Rio Frio e Padreiro”
Rosa, de 70 anos, foi uma das participantes que fez o passeio inaugural do Trilho da Floresta Encantada, em Miranda, Arcos de Valdevez, um dos primeiros trilhos a ser apresentado no programa de valorização dos Territórios de Santa Cruz. Natural desta freguesia, a septuagenária teve a oportunidade de descobrir locais que não conhecia na sua terra e recordou momentos da sua juventude na atividade.
“Este trilho até mostrou às pessoas da Miranda alguns sítios da própria freguesia”, afirmou a participante que fez um percurso de cinco quilómetros entre o Poço do Couto, a Floresta Encantada e o Viveiro de Grandachão. “Já conhecia esse local e lembro-me da antiga casa florestal. Também havia um viveiro com árvores em canteiros e um senhor tinha bois naquele local. Era tudo trabalhado à mão”, recordou Rosa, que também se lembra de as pessoas trabalharem na floresta da Miranda. “Ou faziam a limpeza ou plantavam árvores. Elas não eram tão grandes como são hoje”, disse, congratulando-se com a criação do Trilho da Floresta Encantada. “Vemos as paisagens e é uma forma de apreciar a beleza”, realçou Rosa.
O Trilho da Floresta Encantada também abrange as freguesias de Rio Frio e Padreiro Santa Cristina. “As pessoas ficaram encantadas com o sítio e é essa a lógica que queremos. Pretendemos chamar a atenção para o território e para a sua potencialidade. Os trilhos são uma forma encantadora de mostrar as paisagens”, ressalvou, por sua vez, João Manuel Esteves, presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, que salientou a importância do local conhecido como Floresta Encantada.
“Esta zona e a Miranda sempre tiveram um grande potencial agrícola. Chegou a ser considerado como o celeiro do nosso concelho e uma parte desta paisagem foi plantada e teve uma grande utilização económica. É possível recuperá-la porque todo o território de Santa Cruz tem potencial agrícola, pecuário, florestal e turístico”, reiterou o edil arcuense, contando, durante a caminhada, que contactou com especialistas ligados à universidade e à agricultura. “Já estávamos aqui a entabular, quem sabe, embriões de projetos. Tinha a ver exatamente com o potencial de alguns produtos ligados à agricultura, floresta e à pecuária. Podemos, efetivamente, ver que tipo de projetos poderíamos desenvolver”, referiu João Manuel Esteves.